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A cidade de Patos teve o seu melhor mês em números quando o assunto é pandemia do novo Coronavírus. O mês de agosto foi o que apresentou a menor média de casos desde abril do ano passado, e muito se deve a manutenção das medidas restritivas, mas sobretudo pelo avanço da vacinação que está na faixa etária de 12 a 17 para adolescentes com comorbidades.

O mês oito terminou com o registro de 310 casos da doença, uma média diária de 10 casos.

Para se ter uma ideia, o mês de julho já havia se registrado um recuo considerável no numero de casos em relação a junho. Enquanto no mês sete foram computados 921 casos, no mês de junho foram 2.462.

Junho – 2.462 casos – 30 dias – 82,06 casos/dia

Julho – 921 casos – 31 dias – 29,70 casos/dia

Mas foi em agosto que a média melhorou substancialmente em relação ao mês de julho recuando em 66,34%.

Ao analisar os números dos últimos dias do mês passado, é possível ver que a média diária de casos entre os dias 23 e 31 caiu ainda mais ficando em 4,1 casos dos 46 registrados. Enquanto que a média dos 22 dias anteriores ficou em 12 por dia dos 264 casos.

Apesar da comemoração dos bons números apresentados, Patos e os demais municípios do Estado têm uma preocupação a mais agora em setembro. É que 25 casos da variante Delta, altamente infecciosa, foram confirmados na Paraíba esta semana.

Embora Patos não tenha ainda nenhum caso confirmado da variante, os números podem mudar já que a tendência é uma contaminação comunitária por meio dela que é altamente

Municípios com variante Delta na Paraíba

Segundo a SES-PB, “confirmamos a variante Delta em 12 municípios do Estado, sendo eles: Alagoa Nova (03), Barra de Santana (02), Cabedelo (01), Campina Grande (09), Cruz do Espírito Santo (01), João Pessoa (02), Lagoa Seca (01), Massaranduba (01), Matinhas (01), Queimadas (02), Salgado de São Felix (01) e Taperoá (01).”

Alto risco de contaminação

Um estudo publicado na revista científica The Lancet apontou que os infectados com a variante Delta do novo coronavírus tem o dobro de risco de ser hospitalizado. A comparação foi feita com pessoas que contraíram a cepa Alpha do vírus, detectada na Unido Reino em novembro passado.

Cientistas estudam inquietamente a variante Delta, detectada pela primeira vez na Índia em março: é um dos vírus respiratórios mais infecciosos conhecidos, causa mais casos graves de covid-19 do que outras variantes e possivelmente consegue driblar os anticorpos com mais facilidade.

Todas essas características são evidentes. A variante Delta causou um aumento expressivo no número de casos de covid-19, internações e mortes nos Estados Unidos e em todo o mundo.

O relaxamento das medidas de distanciamento social e do uso de máscaras, a baixa adesão à imunização em partes dos Estados Unidos e a falta de disponibilidade em outras regiões permitiram que a variante Delta rapidamente se tornasse dominante nos Estados Unidos, causando mais de 93% das novas infecções, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do país. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a variante também se espalhou para mais de 135 países.

O alto número de infecções se deve à facilidade de propagação da Delta. Os CDC estimam que a Delta pode ser tão infecciosa quanto a catapora e é apenas um pouco menos contagiosa do que o sarampo, que é considerado um dos vírus mais transmissíveis.

Cuidados redobrados

O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, lembrou que as vacinas oferecem proteção contra a Delta, mas em menor intensidade e, além disso, obrigatoriamente após a segunda dose. Por isso a importância das pessoas que já tem a primeira dose (D1) se vacinarem com a D2.

Os casos graves e de óbitos causados pela variante Delta são em idosos acima de 70 anos de idade, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros. Por conta disso, defendeu a aplicação da terceira dose de vacina contra Covid-19 o mais rápido possível. Ele disse que a chegada dessa variante já era esperada na Paraíba e orienta a população a manter os mesmos cuidados sanitários de prevenção.

“Continuar com os mesmos meios de prevenção porque a variante Delta tem um alto poder de contaminação. Contamina muito mais pessoas. Atinge mais os casos de óbitos e casos graves são naquelas pessoas acima de 70 anos, os idosos e daí a necessidade de se iniciar o mais rápido possível a terceira dose para idosos e pessoas imunossuprimidas, os transplantados, os renais crônicos que realizam hemodiálise e que usam corticóides”, revelou em entrevista.

Vicente Conserva – Portal 40 Graus

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