Todos os dias, – sem exceção – recebo a visita de um rouxinol no meu quintal, que já chega cantando alegremente, como quisesse me dizer algo! Me acordo com seus acordes, que são perfeitos; que são melosos e encantadores! Ele, de maneira extrovertida, se “exibe” para mostrar sua pureza e seus encantos! O seu cantar e o seu bailar, mistura-se com sua melodia curtinha, mas, estendida por um agudo sonoro e estridente, que trás para aquele amanhecer, – acredito – um “BOM DIA”. Querendo, certamente, com isso, dar às boas vindas ao dia que se “embria” ou migra, para torna-se “adulto”!
Fico pensando, porém, o porquê daquela visita pontual e assídua. Será que é pelo fato de eu ser um ser solitário, meio que Ermitão, ele quer ser solidário com sua companhia, como se fosse meu “Anjo da Guarda”?
Penso também, às vezes, será que ele não estará querendo me alertar da situação do Rio Espinharas, ao qual somos ribeirinhos, (Eu e Ele), que sofre e padece dia a dia, rumo ao “sepulcro”?
Ou será, que ele está querendo demonstrar o quanto a Natureza é poderosa, bela, singela, harmoniosa, solidária e perfeita nas suas diversidades?
Não seria fácil decifrar seus objetivos, suas missões nem seus propósitos. São dádivas que a Natureza possui, cabendo, portanto, a ela se manifestar para mostrar a sua força e o seu poder!
OBRIGADO PELA VISITA DIÁRIA, MEU ROUXINOL DO RIO ESPINHARAS!
Patos, 26/12/2021
Anchieta Guerra
