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O vereador Jamerson Ferreira questionou, na noite desta terça-feira, durante sessão na Câmara Municipal de Patos, a desativação de todos os leitos de UTIs dedicados ao atendimento de pacientes da Covid-19. Para o parlamentar, a interrupção do serviço traz sérias consequências a cidade pois não há garantias de que não haverá mais casos graves da doença, e portanto, transferir esses pacientes para outras cidades trará transtornos para o paciente e para a família.

Nesta semana, o diretor do Complexo Hospitalar Regional de Patos, Francisco Guedes, afirmou de que todos os leitos de enfermaria e UTI voltados para o tratamento da Covid-19 serão desativados em Patos, a partir do dia 30 de março. Ele justificou que devido a baixa demanda e também aos projetos de iniciação para o programa ‘Opera Paraíba’, do governo do estado, o Complexo passará por uma reformulação.

O vereador argumentou que a desativação do serviço voltados a pacientes em estado grave, envolve, além do direito socorro imediato, uma questão social.

“Ninguém tem certeza que não teremos mais casos de Covid-19 que o paciente necessite de internação. Quem adoecer e precisar de um leito, vai para Campina Grande? Como vão ficar os acompanhantes desse pacientes? Eu sei da estrutura e da insalubridade do ambiente que são destinados aos acompanhantes, eu mesmo passei 45 dias lá com minha mãe”, criticou o vereador.

Jamerson indagou, ainda, se com essa medida o estado acredita no fim da propagação da doença, o porquê antes disso, não flexibilizou o uso de máscaras.

Ainda em seu discurso, o parlamentar criticou o baixo investimento do estado em outras áreas da saúde nos últimos três anos e lamentou que o governo estadual tenha se reocupado com isso somente em ano eleitoral.

“Vamos ficar muito atentos ao interesse do governo estadual com o ‘Opera Paraíba’ em um ano eleitoral. João Azevedo deixou para operar o povo agora”, finalizou.

Apesar do baixo índice de internações por Covid-19 no estado, bem como na cidade de Patos, no mês de janeiro deste ano o Complexo Hospitalar Regional atingiu 100% da ocupação dos leitos para Covid-19.

Assessoria

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