Foto: arquivo/Folha Patoense
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A situação em que vivem os “cachorros de rua” na zona urbana das cidades é de fazer dó! A prova maior disso, é o que presenciamos, diariamente, aqui em Patos e, em outras cidades circunvizinhas. Eles passam fome, sede; são acometidos de vários tipos de doenças contagiosas, além, dos maus-tratados sofridos por algumas pessoas ruins! Para ilustrar o tema fiz uma pequena cronica, narrada na primeira pessoa, na intenção de que essa situação seja exposta, como se eles próprios, estivessem esboçando seus martírios e suas súplicas, como uma forma de pedir por socorro às autoridades e toda sociedade em geral! Visto que, como se trata de uma questão de saúde publica, devemos nos engajar nessa luta, para amenizar o sofrimento desses inocentes e, proteger às pessoas, dos constrangimentos, oriundos dessa situação exposta!

DESABAFO:

– Eu queria saber quem sou eu e o que a minha espécie veio fazer aqui? Já que ando perambulando pelas ruas, sem ao menos ser respeitado. Sou chutado e escorraçado por muitos “humanos”. Parece que eles me odeiam; é como se eu fosse a pior coisa do mundo! Por isso, choro muitas vezes, por horas e horas. Ninguém imagina como é ruim passar fome, passar sede, viver doente, sem se quer, ter um remédio para aliviar minhas dores e minhas coceiras, que sempre me atormenta com sagramentos e dor! Além disso, somos, muitas vezes, enganados com alimentos envenenados, o que nos leva à óbitos! Esse é o tratamento que em geral, recebemos de alguns “humanos”! Sem falar nos adjetivos que eles nos atribuem, nos comparando com aqueles “humanos” de más índoles, os tachando de: cachorro vira-lata! cachorro safado! Além, de outros pejorativos depreciativos!

– Será que um dia seremos tratados como um ser vivo, que sente dor, fome e sede? E, que sente emoções e tem sentimentos? Talvez, esse dia não exista! Por isso, continuo pensando: O que é que estou fazendo aqui? Por quê me jogaram nas ruas para viver miseravelmente, na dependência dos “humanos”, que simplesmente, descontam em nós todas suas frustrações e decepções que passam na vida?

– Deixo minha mensagem para que alguém se sensibilize e me adote, pois, pelo menos, terei comida, água, moradia e um pouco de carinho e assistência, quando estiver doente!

Adote-me, eu sou um ser vivo!

Patos, 05/06/2022

Anchieta Guerra

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