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O Blog do Jordan Bezerra conversou na manhã desta terça-feira, dia 12 de julho, com o físico e meteorologista Rodrigo Cézar Limeira que explicou a confusão que vem sendo feita com relação à intensidade do inverno deste ano no estado da Paraíba. Segundo o meteorologista, a análise de melhora do inverno local deve levar em conta o índice pluviométrico da região, mas também o abastecimento dos mananciais.

“A gente coloca que foi um período chuvoso muito irregular com pouca recarga para a maioria dos grandes açudes do cariri, sertão e alto sertão do estado. Aqui em Patos por exemplo, em 2014 choveu 943 milímetros na EMBRAPA, mas a região de Patos, conforme aquela época eu tinha previsto uma boa estação chuvosa, a região de Patos registrou naquele ano chuvas acima da média. Resultado: os 943 milímetros que foram registrados tiveram como resultado uma recarga de 72% na Farinha e 68% no Jatobá, que estavam secos naquela época. Esse ano, choveu em Patos 930, quase a mesma coisa, e o Jatobá teve uma recarga só de 9% e a Farinha só teve recarga de 1%, e tá quase seca agora. A previsão quantitativa é falha muitas vezes, porque nós temos uma rede pluviométrica deficiente, com apenas um pluviômetro oficial por município. A previsão qualitativa é mais útil.”

O meteorologista continuou explicando como a análise qualitativa do período chuvoso ajuda a população a prever a distribuição da chuva e também a recarga dos reservatórios locais.

“A análise qualitativa permite também saber se o período chuvoso vai ser irregular ou se vai ser de chuvas mais regulares, mais bem distribuídas. Anos com chuvas acima da média, a chuva é mais bem distribuída no semiárido do estado, e provoca recargas significativas na maioria dos reservatórios. O pessoal não está sentindo tanto a má qualidade desse período chuvoso porque os reservatórios ainda têm águas significativas de 2020, porque se a gente fosse depender do ano passado e desse ano estava todo mundo ferrado.”

Blog do Jordan Bezerra

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