Quantas saudades sentimos, quando lembramos dos brinquedos de infância, que usávamos para nos divertir. Eram brinquedos singelos e simples, sem nenhuma tecnologia utilizada. Eram simplesmente, brinquedos feitos de madeira: (pião, carrinho, patinete,); de barro ou areia: (casinhas e castelos); de palhas e papel: (coruja, figurinhas, embalagem de cigarros); de gude:(bila); de lata: (trem de rolo); de quênga de côco ou plásticos: (jogo de botões); além, das brincadeiras pessoais, como: pega-pega, esconde-esconde, zôrro, mão no bolso, barra bandeira, academia, pula corda, jogo de castanhas e outros.
Hoje, no entanto, já não vemos esses tipos de brincadeiras, às crianças só querem brincar com brinquedos eletrônicos inseridos em memorias de computadores, em celulares, nos smartphones, nos videogames ou, em outros brinquedos de tecnologia bem avançada. Seja, talvez, a “evolução dos tempos!” É o mundo virtual e tecnológico, substituindo a simplicidade e a ingenuidade que estruturava às crianças de um passado recente. Contudo, criança ainda continua sendo criança. O que temos que fazer é tentarmos reinventar ou trazer um pouco do passado para atualidade, reintroduzido nas comunidades uma mentalidade nesse sentido, para incentivar às crianças atuais, a vivenciarem outras emoções e terem o prazer de pelo menos, “sujarem suas roupas” quando estiverem brincando!
Sextilha
(Nas asas do tempo)
Montei nas “asas” do tempo
Para buscar meu passado
Coloquei como bagagem
Todo pensamento voltado
Para a infância inocente
Dos belos sonhos dourados!
Viajei num retrospecto
De uma aventura vivida
Rebuscando resumir
Toda uma história corrida
Repassando um “caderno”
Com meus escritos de vida!
Agreguei a desobrigação
Buscando muita candura
Fluindo, naturalmente
As lembranças da doçura
Com a pureza inocente
Fugindo, então, da loucura!
Repassei como um cinema
Às aventuras da tela
Busquei, na imagem saudosa
Aquela cadência da espera
Com um chiclete mascado
E, os olhos vidrados nela!
A viagem ao tempo é curta
Porém, a imaginação é fértil
Vai-se misturando os fatos
Abstratamente e concretos
Repassando aquele filme
Do lado errado e do certo!
Nessa aventura emergi
Um maratona nascida
Reavendo na memória
A extensão de uma vida
Relembrando com ternura
A minha infância querida!
VIVA AS CRIANÇAS!
Patos, 21/08/2022
Anchieta Guerra
