O ex-ministro Sergio Moro (Foto: reprodução)
Compartilhe!

O senador eleito Sergio Moro (União Brasil) declarou hoje apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no segundo turno das eleições presidenciais. O anúncio do apoio foi feito em uma publicação no Twitter.

“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, escreveu Moro.

Ex-aliado de Bolsonaro, Moro fez parte da equipe de ministerial do presidente como chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, mas deixou o governo em abril de 2020 após fazer acusações de que Bolsonaro interferiu nos trabalhos da PF (Polícia Federal).

À época, o então ministro disse que o chefe do Executivo trocou o comando da PF para ter acesso a investigações e relatórios da entidade, o que é proibido pela legislação.

O apoio de Moro vem mesmo após as críticas que sofreu de seu antigo chefe desde quando deixou o governo.

Bolsonaro chamou Moro de “pouco produtivo”. Quando esteve no Jornal Nacional, da TV Globo, no final de agosto, Bolsonaro questionou o trabalho de Moro à frente do Ministério da Justiça, sugeriu pouca produtividade e afirmou que a efetividade da pasta “melhorou muito” com a saída do ex-juiz. Segundo o presidente, houve “melhores” resultados “na apreensão de drogas, na apreensão de numerários, em operações” com um todo.

Presidente avaliou Moro no governo como “erro”. Naquele mesmo mês, Bolsonaro participou do podcast “Cara a Tapa”, e afirmou se arrepender de ter nomeado Moro como ministro de seu governo. Para o presidente, alçar o ex-juiz ao posto de chefe da Justiça “foi um erro”, pois os dois nunca conseguiram manter uma relação de proximidade.

Após deixar a gestão Bolsonaro, o Podemos foi o primeiro partido ao qual Moro se filiou. O ingresso ocorreu devido a uma articulação de Dias, mas o ex-ministro deixou a legenda em março deste ano para entrar no União Brasil, em uma tentativa de ser escolhido pela sigla para disputar o Palácio do Planalto. À época, o Podemos disse que soube da saída pela imprensa.

Mesmo com a mudança, Moro não conseguiu garantir sua vaga na corrida presidencial e acabou se lançando como candidato ao Senado pelo Paraná. Ele foi eleito no último domingo, com 1.953.159 votos (33,5%) e terá mandato até 2031.

UOL

Deixe seu comentário