Caso Genivaldo: três meses após morte em abordagem policial, família recebeu quatro multas.
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O Fantástico teve acesso a informações exclusivas da perícia e da investigação do caso Genivaldo – o homem agredido e asfixiado em uma abordagem brutal de policiais rodoviários federais, em Sergipe. Esta semana, os três agentes foram indiciados. Eles respondem em liberdade.

Três meses depois da morte de Genivaldo, a família recebeu uma correspondência da Polícia Rodoviária Federal. Não era um pedido de desculpas, ou nada do tipo. Por estar sem capacete naquele dia, sem habilitação e de sandálias, Genivaldo foi punido: recebeu quatro multas da PRF. O valor total: R$ 1800.

“Eles mataram meu irmão, e ainda não tiveram o respeito com a família”, afirma Damarise de Jesus Santos, irmã de Genivaldo.
“A família que é humilde, que é pobre, que teve que custear todo o funeral sem qualquer ajuda da PRF, que eles tenham empatia, sensibilidade, humanidade para que retirem essa multa”, destaca Ives Melo de Souza, advogado da familia de Genivaldo.

O Fantástico questionou a Polícia Rodoviária Federal. A resposta: “um processo foi instaurado para suspender as multas”.

A PRF disse também que os três agentes indiciados pela morte de Genivaldo foram “afastados” e que “lamenta profundamente o desfecho da ocorrência, se solidarizando com a dor dos familiares, parentes e amigos da vítima”.

A defesa alega que a intenção não era matar Genivaldo.

G1

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