Vítima foi transferida para a UTI no Hospital da Criança e Adolescente no dia 23 de setembro, onde faleceu após 23 dias — Foto: reprodução/Rede Amazônica
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O menino de 3 anos que foi baleado pelo irmão gêmeo com a arma do pai, em Macapá, morreu na madrugada deste sábado (15), após 23 dias internado. O caso aconteceu no dia 22 de setembro, na casa da família. Desde que foi ferido, ele estava em estado grave no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA).

A morte foi confirmada pelo Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes) no início da tarde.

A Polícia Civil não abriu um inquérito para apurar as responsabilidades do disparo contra o menino, porque, segundo o órgão, o autor tem 3 anos, e não poderia ser investigado. Ainda no mês passado, o pai foi ouvido e assinou termo circunstanciado de ocorrência por omissão de cautela.

Regiane Cunha, conselheira tutelar da Zona Norte de Macapá, informou que foi notificada da morte na manhã deste sábado e que vai seguir acompanhando o caso.

“Nos foi confirmado que a criança veio a óbito. Recebemos uma ligação do hospital através da nossa assistente social do Conselho Tutelar. Vamos continuar acompanhando o caso, acompanhando a outra criança que ficou com a família, acompanhando toda a família, principalmente a nossa psicóloga”, disse.

O disparo

O acidente aconteceu na casa da família, na Zona Norte de Macapá, na tarde de 22 de setembro. De acordo com a Polícia Militar, o irmão gêmeo da vítima pegou a arma do pai e fez o disparo acidental. De acordo com a polícia, o tiro atingiu a cervical da vítima.

O g1 apurou com a PM na época do acidente que o pai descreveu à polícia que tirou a arma de uma sala de cofre porque ia para o clube de tiro, quando o menino entrou, pegou a pistola e no manuseio disparou contra o irmão gêmeo.

Primeiro, a criança foi socorrida numa Unidade de Pronto-Atendimento da Zona Norte, e depois internada e entubada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência (HE) em estado grave.

No dia seguinte, 23 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o menino foi transferido para a UTI do HCA do Amapá, onde permaneceu por 23 dias, até falecer por volta das 2h.

O pai das crianças é empresário, tem porte da arma de fogo e é registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), segundo o Exército Brasileiro.

Investigação

O 2º Batalhão da PM informou que apresentou o pai à Polícia Civil. A arma também foi entregue à equipe para investigação.

A Polícia Civil declarou que o empresário foi atendido pela equipe plantonista no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval. No local, ele prestou depoimento e assinou um termo circunstanciado de ocorrência por omissão de cautela.

A polícia explicou que, como o crime é de menor potencial ofensivo, esse é o tipo de procedimento aplicado. O empresário foi liberado em seguida.

G1 AP

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