Artes em ‘Derréis e Zabé da Loca’, que reúne quadrinhos de Aurélio Filho, poemas de Wandecy Medeiros e ilustrações de 14 desenhistas convidados para o projeto.
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O quadrinista campinense Aurélio Filho pretende lançar, até o mês de junho, mais um trabalho em quadrinhos, cujo objetivo é homenagear postumamente duas figuras da cultura regional, que são a pifeira Zabé da Loca (1924-2017) e o pandeirista Derréis, cuja morte ocorreu em julho de 2022, aos 83 anos de idade.

Trata-se de uma revista de 25 páginas intitulada Derréis e Zabé da Loca, reunindo quadrinhos do autor, poemas de Wandecy Medeiros e ilustrações de 14 desenhistas convidados para participarem do projeto. “O trabalho está concluído, vai ser diagramado e encaminhado para a gráfica e espero publicar durante o São João de Patos, ou antes”, disse o quadrinista.

Aurélio Filho, que está radicado na cidade de Patos, localizada no Sertão da Paraíba, relatou que teve a ideia de homenagear o músico Derréis e solicitou ao poeta e editor do jornal virtual Folha Patoense que escrevesse um poema em tributo ao falecido pandeirista. “Esse texto fala de aspectos como a humildade e a trajetória de Derréis, que era engraxate em Patos e depois passou a ser conhecido por tocar músicas de Jackson do Pandeiro em eventos, quando era convidado”, explicou ele.

O desenhista se lembrou de Wandecy Medeiros porque já havia produzido uma HQ de duas páginas em homenagem a Zabé da Loca. “Eu me inspirei nessa poesia escrita por Wandecy quando a pifeira, nascida em Pernambuco e radicada em Monteiro, na Paraíba, ainda estava viva. A história retrata a trajetória dela, tocando seu instrumento, suas premiações e o fato de que passou um tempo vivendo numa loca. Então, eu me lembrei dessa história, que já havia publicado na minha edição em quadrinhos Nanquim Arretado, e resolvi juntá-la, numa mesma revista, com a história de Derréis, com o objetivo de manter a mesma linha editorial de publicar dois artistas num mesmo trabalho, já que na primeira edição, Dois Nordestinos do Ritmo, lançada no ano passado, eu homenageei Jackson do Pandeiro e Pinto do Acordeon. Ou seja, transformei duas poesias em histórias em quadrinhos e mais 14 ilustrações de outros artistas, como Ed Santos, Lila e Hamilton Freire”, disse Aurélio.

O quadrinista explicou que realiza o seu trabalho usando lápis grafite e, em seguida, encaminha para alguém fazer a arte-final. Ele antecipou que pretende continuar o projeto de homenagear mais nomes em HQ, mas de outras áreas, a exemplo do dramaturgo Ariano Suassuna e do poeta Augusto dos Anjos.

Guilherme Cabral – A União

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