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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira (2) que a Polícia Federal tome, nos próximos cinco dias, depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) em investigação que apura atos golpistas.

O pedido da PF foi feito na manhã desta quinta, após o senador afirmar que recebeu um pedido do ex-deputado Daniel Silveira para gravar conversa com o ministro Alexandre de Moraes.

O objetivo da proposta, segundo o senador, era criar ambiente para uma tentativa de golpe de Estado e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Marcos do Val, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria participado da reunião em que o pedido foi feito por Daniel Silveira e concordado com a ideia.

Ao g1, do Val deu detalhes do encontro: “Eles me disseram: ‘Nós colocaríamos uma escuta em você e teria uma equipe para dar suporte, e você vai ter uma audiência com Alexandre de Moraes, e você conduz a conversa pra dizer que ele está ultrapassando as linhas da Constituição. E a gente impede o Lula de assumir, e Alexandre será preso'”.

Para a Polícia Federal, o depoimento é necessário porque o senador divulgou nas redes sociais que possui “informações relevantes” para a investigação de ações golpistas.

A denúncia de Marcos do Val

Marcos do Val afirmou em entrevista à GloboNews que o ex-presidente Jair Bolsonaro enviou um carro oficial da Presidência da República, com motorista, para levá-lo à reunião em que foi discutido um plano para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

“Quando eu cheguei lá, o carro já tava lá, o carro do Daniel e mais um motorista do presidente (Bolsonaro)”, conta do Val.

“Eu saí do carro e entrei no carro deles e, assim, nos seguimos”, completou o senador.

Questionado se ele havia seguido para a reunião num carro oficial da Presidência da República, com motorista da presidência, do Val confirmou: “Isso”.

De acordo com ele, no encontro, que aconteceu na Granja do Torto, residência de campo da presidência da República, em Brasília, Silveira pediu que ele marcasse uma reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

G1

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