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O monitoramento das condições oceânicas continua, com a persistência do fenômeno climático e oceânico La Niña na região central do Oceano Pacífico Equatorial.

O desvio atual é de aproximadamente -0,9ºC, indicando a continuidade do fenômeno, o qual influência no padrão de distribuição dos ventos em altitude sobre o norte da Região Norte e sobre o norte do Nordeste.

Já a região do Niño 1+2 , que fica na costa do Peru e Equador, influencia no padrão de distribuição do ventos em altitude sobre a região Sul do Brasil. Nessa região o desvio de temperatura nas águas superficiais do Pacífico é de aproximadamente 0,8ºC, indicando tendência para El Niño no segundo semestre de 2023.

Com a região do Niño 1+2 quente, a tendência é do retorno aos poucos das chuvas ao Sul do país, no entanto, os sinais do resfriamento intenso ao qual a costa do Peru e do Equador experimentaram ao longos dos últimos dois anos e meio, ainda persistem na circulação dos ventos em altitude sobre a Região Sul, ou seja, as chuvas ainda poderão ser irregulares ao longo de fevereiro principalmente no Rio Grande do Sul.

O início de uma mudança mais significativa é apresentado por uma previsão, do modelo GFS do NCEP – NOAA, que traçou um cenário para as chuvas no Brasil dentro de período entre 15 e 21 de fevereiro, tomando como dados de entrada, os do dia 08 de fevereiro de 2023.

Na previsão o modelo indicou muita chuva para os Estados de Santa Catarina e Paraná dentro do intervalo de dias mencionado anteriormente, acumulados que podem variar entre 55 mm e 85 mm, já para o Rio Grande do Sul, os acumulados são mais expressivos para os setores norte e noroeste do Estado, para o sul do estado, menos chuvas são previstas e também mais irregulares.

Já para o Ceará, o aquecimento do Oceano Atântico na costa do estado, indica atuação da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) nos próximos dias e semanas Principalmente no setor norte do estado, além disso, o aquecimento do Atlântico nessa área também favorece chuvas expressivas no norte do Piauí e Maranhão, assim como vem sendo observado nos últimos dias.

Para o semiárido do setor norte do Nordeste, a previsão elaborada pelo físico, meteorologista, mestre em Meteorologia e doutor em Física Rodrigo Cézar, indica chuvas variando entre a média e valores abaixo da média durante a quadra chuvosa de fevereiro a maio da região, com a perpectiva de pouca recarga hídrica para maioria dos grandes açudes da região, num cenário mais favorável para os pequenos açudes. Essa previsão é decorrente do fato do Oceano Atlântico Sul na altura da costa leste do Nordeste persistir com temperatura abaixo do normal para a época, e mais frio que o Atlântico Norte.

Físico e meteorologista Rodrigo Cézar

Créditos: NCEP -NOAA
Tropicaltidbits.com
Imagem de ?????? ?????? por Pixabay

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