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É muito comum na adolescência nos apaixonarmos piamente, pela primeira namorada (o). Parece que o mundo se resume só naquela utópica fantasia momentânea. Na primeira noite da “flechada”, não se consegue dormir. É um meloso “tormento” de planos, ideias e confusões. A noite quase que não amanhece! A escuridão da noite se transforma no encantador raiar do sol! O medo que outrora lhe continha, passa a ceder espaço para a coragem! O seu desalinhado quarto, que até então, era confuso, passa a ser o seu resguardado e confidente aconchego da sua íntima e tímida paixão! Tudo brilha; tudo é bonito; nada lhe falta! Você é a pessoa mais feliz do mundo! Mas, quando esse fogo apaga e tudo passa, tudo muda e, o que era encanto, beleza, entusiasmo, se torna em desencanto, angustia, sofrimento e dor, ai, então… Vem o tormento!

SEXTILHA

Bateu uma saudade daquelas
Que não se sabe explicar
Chegou por dentro rasgando
Querendo meu ser sufocar
Usando a “cor” das lembranças
Para o meu peito apertar!

Chegou como uma tempestade
Fervente de uma paixão
Era uma coisa tão forte
Que me tirava à noção
Só sei que o abalo rasgou
Metade do meu coração!

Como à sensação da angustia
Tomando todo o meu ser
Era uma agonia sisuda
Fazendo meu corpo tremer
Acho que são às saudades
Dos dias que pensei em você!

Sendo isso, então, verdadeiro
Vai ter que pouco durar
Pois, se essa coisa tão forte
Em todo meu ser perdurar
Fará um estrago tão grande
Que nada de mim restará!

Nesse dilema sofrível
Não se consegue viver
Rebusque logo e ligeiro
Esse problema vencer
Pois, se “você” se entregar
Quem vai definhar é “você”!

Mas, como viver é melhor
Restou-me buscar solução
Olhei-me então, no espelho
Fixando com muita atenção
Libertando-me dali por diante
Das mágoas daquela paixão!

Patos, 02/04/2023
Anchieta Guerra

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