Júlia dos Anjos Brandão e Francisco Lopes (Foto: reprodução)
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A Justiça da Paraíba realizou, nesta segunda-feira (24), a primeira audiência do caso Júlia dos Anjos. A audiência ocorreu de forma híbrida, no Fórum Criminal de João Pessoa. Foram ouvidos os depoimentos da mãe e avó, mas Francisco Lopes, acusado de matar a adolescente em abril de 2022, ficou em silêncio.

De acordo com o Promotor do Ministério Público, Demétrius Castor, além da mãe e a avó, outras testemunhas de acusação iriam depor, mas os relatos das duas mulheres foram suficientes para a promotoria. A audiência aconteceu de forma híbrida, já que a maior parte da família de Júlia está morando em Curitiba.

Neste primeiro momento, todas as oito testemunhas chamadas foram de acusação e nenhum pela defesa.

Ainda conforme Demétrius, a promotoria pediu pela pronúncia do acusado, ou seja, para que fosse dada a continuidade no processo e Francisco Lopes fosse a júri popular. Já a defesa do acusado pediu pela impronúncia, alegando que não havia indícios de autoria suficientes.

Até a publicação desta matéria, a juíza Aylzia Carrilho, que conduziu a audiência, não havia dado a decisão.

Denunciado por estupro de vulnerável, homícidio e ocultação de cadáver, Francisco Lopes está preso desde 12 de abril de 2022, dia em que o corpo da adolescente foi encontrado dentro de um reservatório de água, na capital paraibana.

Entenda o caso

O corpo da adolescente Júlia dos Anjos foi encontrado dentro de um reservatório de água no dia 12 de abril de 2022, após ela desaparecer no dia 7 de abril. O padrasto, Francisco Lopes, confessou o crime.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito confessou que abusou sexualmente de Júlia dos Anjos por quatro vezes. No dia do crime, ela foi estuprada antes de morrer. A mãe de Júlia dormia no momento e, conforme o delegado Hector Azevedo, ela não tinha conhecimento sobre os casos.

O padrasto foi preso após ser ouvido pelo delegado Hector Azevedo e confessar o crime. Após a confissão, Francisco indicou onde estaria o corpo da menina.

O desaparecimento

Júlia desapareceu no dia 7 de abril, no bairro de Gramame, em João Pessoa. Inicialmente, pensou-se que ela tinha recebido mensagens de pessoas desconhecidas pela internet. Segundo a mãe de Júlia, Josélia Araújo, a garota teria saído de casa apenas com o celular.

Segundo o sargento Cristian, do Batalhão de Busca e Salvamento do Corpo Bombeiros da Paraíba, o corpo foi encontrado em estado de decomposição avançada, e o militar que resgatou o corpo teve que usar um respirador de oxigênio para não respirar o mesmo ar do local.

O resgate durou cerca de uma hora e meia porque o local apontado era em uma área que apresentava instabilidade e o terreno poderia ceder, ainda conforme o sargento.

G1 PB

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