Realizada na tarde desta terça-feira, 06/06, a reunião do Grupo de Trabalho estabeleceu as diretrizes para os estudos e ações que serão desenvolvidas com o objetivo de viabilizar a inclusão do IFPB na próxima etapa da agenda de expansão da Rede, já sinalizada pelo Governo Federal.
A criação do Instituto Federal do Sertão Paraibano (IFSPB) surgiu em 2011, quando o jovem Pedro Jorge Nunes da Costa formulou um recorte geográfico que compreende os campi sertanejos do Instituto Federal da Paraíba – IFPB (Cajazeiras, Catolé do Rocha, Itaporanga, Patos, Princesa Isabel, Santa Luzia e Sousa). Com o passar dos anos, a luta pelo desmembramento ganhou força a partir de Patos e se difundiu para os demais municípios.
O Ministério da Educação escolheu a Capital do Sertão como sede do novo instituto, obedecendo os critérios técnicos, porém Sousa e Cajazeiras continuam querendo levar a reitoria para o Alto Sertão. “O interesse de Sousa e Cajazeiras em levar a reitoria para o Alto Sertão é muito forte. Caso isso aconteça, a maioria dos campi sertanejos sertão prejudicados, inclusive Patos, pois inviabilizará que todos avancem igualmente. Uma reitoria próximo à divisa da Paraíba com o Ceará desenvolverá apenas um eixo restrito”, disse o idealizador Pedro Jorge Nunes da Costa.
Uma audiência pública para debater a instalação da reitoria em Patos foi proposta pelo vereador Zé Gonçalves durante sessão ordinária na Casa Juvenal Lúcio de Sousa na noite desta terça-feira. A proposição foi aprovada por unanimidade e a audiência está prevista para acontecer no mês de julho em uma data a ser definida. “Porque esse projeto está se movimentando lá em Brasília e se a gente não se movimentar aqui em Patos, nós correremos o risco de perder a reitoria para outros municípios, especialmente Sousa ou Cajazeiras”, disse o vereador.
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De acordo com o presidente da Comissão, professor Cícero Nicácio Lopes, o propósito primordial do GT é buscar estratégias que possibilitem, essencialmente, o fortalecimento do Instituto, com a consolidação definitiva de todos os campi. Além da possível ampliação de novas unidades, que também será objeto de estudo.
O discente Leandro Levy, que representa o segmento na comissão, destacou que as expectativas entre os estudantes são imensas. Mas que também existe uma preocupação sobre a necessária melhoria dos serviços ofertados pela Rede. Ele citou o exemplo de algumas unidades que ainda não dispõem de equipamentos esportivos e nem restaurantes. Levy ainda chama atenção para o esvaziamento das equipes multidisciplinares em diversas unidades, fator que, segundo ele, potencializa os índices de evasão e abandono escolar.
A reitora Mary Roberta também ressaltou a importância dos trabalhos da comissão, no sentido de evidenciar e mensurar nossas demandas estruturais e a perceptível necessidade de recomposição dos nossos quadros. Para ela, “esse fator é imprescindível a qualquer processo de expansão”.
“O GT ainda pretende dialogar alternativas com a comunidade acadêmica e ampliar o debate com a sociedade paraibana, dada a relevância dessa agenda para o estado”, afirmou o presidente da Comissão.