8 mulheres foram vítimas de feminicídio em outubro de 2023, na Paraíba — Foto: reprodução/TV Cabo Branco
Compartilhe!

A Paraíba registrou oito feminicídios em outubro de 2023, representando o mês com maior número de crimes em três anos. Neste período, a violência chamou atenção pela quantidade de crimes cometidos em um curto período de tempo, sendo quatro mulheres vítimas de feminicídio em apenas quatro dias. Do litoral ao sertão paraibano, as vítimas foram alvo de um crime cometido por uma única razão: a condição de ser mulher.

O g1 solicitou por meio de Lei de Acesso à Informação um levantamento da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (SESDS/PB) sobre crimes violentos letais e intencionais contra vítimas do sexo feminino que aconteceram em 2021, 2022 e 2023. Entre eles, foram registrados crimes de feminicídio, homicídio doloso (quando há intenção de matar), latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguidos de morte.

Todos os casos de feminicídio registrados neste mês possuem uma semelhança: os únicos suspeitos do crime são homens identificados como seus ex-namorados, ex-maridos e atuais relacionamentos das vítimas. Os suspeitos mataram as mulheres com golpes de faca, arma de fogo, asfixia, queimaram o corpo da mulher e até uma garrafa de café foi utilizada durante as agressões.

Metade dos casos foram registrados na Região Metropolitana de João Pessoa, sendo três casos na capital e um em Bayeux. Os outros quatro casos foram registrados em Cajazeiras, Guarabira, Pedras de Fogo e Rio Tinto.

Neste mês, o feminicídio também foi a causa do maior número de mortes violentas de mulheres. Foram contabilizados cinco crimes de homicídio doloso e não houveram registros de latrocínio e lesão corporal seguidos de morte.

De acordo com a secretária da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba, Lídia Moura, se comparar apenas o mês de outubro com outros períodos, de fato há um aumento. Porém, não podemos concluir que existe um aumento geral no número de feminicídios porque só será possível ter certeza quando os inquéritos do ano se encerrarem. Apesar disso, ela compreende que há uma tendência de aumento retratada pelo números deste mês, definido por ela como “fatídico e terrível para as mulheres”.

Veja a matéria completa no G1 PB.

G1 PB

Deixe seu comentário