Foto: Gabriela Almeida/USP
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O radiotelescópio BINGO (Baryon Acoustic Oscillations from Integrated Neutral Gas Observations), que está sendo instalado na Serra do Urubu, na cidade de Aguiar, no Sertão da Paraíba, deve começar a ter o pleno funcionamento até o final de 2024. A informação é do coordenador geral do projeto, Élcio Abdalla. O equipamento é capaz de explorar fenômenos desconhecidos no universo, como a matéria e energia escura e rajadas rápidas de rádio.

Inicialmente, o radiotelescópio tinha como previsão para começar a operar em 2021, no entanto, segundo o coordenador do projeto, várias questões de ordem burocrática referentes a verbas e problemas ocasionados pela pandemia fizeram com que a instalação e funcionamento pleno do equipamento atrasasse.

“Houve várias questões, em primeiro lugar a pandemia. De fato, recebemos as verbas da Fapesp, que foi a verba inicial, para ser gasta em cinco anos. Eles nos deram dois anos de projeto inicial, mas com os dois anos de pandemia não daria para ter funcionado”, ressaltou Élcio Abdalla.

Segundo ele, além dos problemas ocasionados pela Covid-19, outros travamentos no desenvolvimento do projeto estão a cargo de verbas que ficaram represadas por um período e, por isso, as etapas de construção do radiotelescópio tiveram que ser adiadas.

“Tivemos também questões de outras verbas que apareceram e ficaram encalacradas na burocracia. Houve um dinheiro federal, da Finep, que ficou basicamente um ano sem uso. Agora que nós estamos com a verba disponível e que está sendo usada”, explicou.

Além de instituições nacionais, o projeto do Bingo também recebe aporte financeiro do governo chinês, que também acabou demorando mais tempo do que inicialmente era o previsto para a liberação do dinheiro, conforme informou o coordenador.

O Bingo é um projeto liderado pelo Brasil com cooperação internacional, que vai estudar cosmologia e astrofísica, buscando vestígios de matéria e energia que estavam presentes na formação do universo, após o Big-Bang, por meio de ondas de rádio.

Participam do projeto o Governo da Paraíba, Governo Federal, Fapesq PB, Finep e Fapesp, além do governo chinês. Outras instituições de ensino, como universidades e institutos, de todo o mundo, estão inclusos.

Veja a matéria completa no Jornal da Paraíba.

Jornal da Paraíba

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