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A Biblioteca Municipal de São Mamede, na Região Metropolitana de Patos, com apoio da secretaria de educação, realizou no dia 21 uma exposição fotográfica da sãomamedense Sandra Guerra. O evento foi intitulado “Uma sertaneja clicou”, mesmo nome da página que a fotógrafa criou no Instagram para divulgar seu trabalho.

Durante a abertura da exposição, Sandra explicou cada captura de fotos e o local. Enquanto o professor e agrônomo Genário Soares Pessoa decifrava nas fotos, inclusive, dando nomes e características das plantas da Caatinga.

A fotógrafa ainda falou do vídeo que publicou na página “Uma sertaneja clicou”e que teve 7 milhões de visualizações, justamente por destacar as belezas do sertão, “o meu lugar no mundo”, disse.

Ainda com relação a essa página, é importante destacar sua ascensão comprovada pelo número de seguidores que se aproxima a 60 mil.

A ação culminou com uma dinâmica, cujo objetivo foi motivar cada participante a expressar que foto o representaria. Escolheram uma foto para ser autografada por ela para marcar a sua primeira exposição.

Nasário Ferreira, funcionário público e colega de Sandra, deixou sua opinião sobre o trabalho que ela desenvolve como fotógrafa. Disse que seus registros demonstram muita sensibilidade, o que para ele se deve ao fato de sua convivência com a natureza.

“Uma menina filha de agricultores que, praticamente, nasceu e se criou no sítio, e essa convivência com a natureza despertou nela o desejo de fazer esse trabalho tão sensível. Para nós de São Mamede é um orgulho, hoje, ter uma pessoa que divulga a cultura de nossa cidade, a nossa paisagem través de fotos feitas em campo, roçados”.

Prestigiaram a exposição, além de amigos, familiares e admiradores da fotógrafa, o coronel Campos e sua mulher Leyliane Campos, casal de Patos-PB. A vereadora Luiza Sátyro, a secretária chefe de gabinete Conceição Medeiros e o secretário de esporte Ulisses Felipe Cabral também estiveram presentes.

O professor e poeta Manuel Lucena, mais conhecido por Coló, recitou um poema que fez em homenagem à exposição. Ele traduziu “tanta beleza” em um único verso da canção de Luiz Gonzaga.

“Não há, ó gente, ó não.
Luar como esse do sertão”.

Segue o poema:

O sertão vive…
Tem vida nas flores, pássaros, no pôr do sol.
São tantas histórias…
Nos remédios caseiros tirados da Caatinga.
Estradas que são testemunhas vivas de andarilhos esquecidos.
Dos frutos que aparecem no tempo certo.
Como não gostar deste cenário?
Como não gostar de tudo isso? O sertão é assim. Vive em cada um de nós.
O sertão tem voz.
Tem seu olhar pra o infinito.
O sertão é bonito.
É um quadro pintado pela mão divina.
O sertão da moça mulher que teve um olhar diferente sobre cada beleza que encontrava.
Uma sensibilidade única…
Por impulsos verdadeiros a tudo registrou.
O sertão tem vida através das suas lentes.
Retratou a beleza mais singela.
Assim Sandra nos presenteou…
Registrar, olhar, enxergar, isto é devoção.
Por isso, as fotos, a você, viva o sertão.

Assessoria

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