Alexandre Ramagem (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
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Agentes da Polícia Federal estão cumprindo 21 mandados de busca e apreensão no âmbito de investigações do caso da Abin paralela nesta quinta, 25 de janeiro. Dentre os alvos, está o ex-diretor da agência no governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem (PL; foto).

Como noticiou O Antagonista quando a espionagem ilegal foi revelada, em março, a Abin na gestão Bolsonaro usou de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis, como celulares e tablets, sem a devida autorização judicial e sem o conhecimento dos alvos.

As buscas desta quinta estão sendo conduzidas tanto no gabinete de Ramagem quanto em seu apartamento funcional na Câmara dos Deputados, segundo a Globo News.

Até o momento, os nomes dos demais envolvidos não foram divulgados.

Dos 21 mandados de busca e apreensão desta quinta, 18 são em Brasília, um na cidade do Rio de Janeiro e dois no estado de Minas Gerais (Juiz de Fora e São João del Rei).

Além das buscas, a Polícia Federal está adotando medidas alternativas à prisão, incluindo a suspensão imediata de sete policiais federais supostamente envolvidos no monitoramento ilegal.

Primeira Milha

Essa operação, denominada ”Vigilância Aproximada”, é um desdobramento da operação ”Primeira Milha”, que teve início em outubro com o objetivo de investigar o suposto uso criminoso da ferramenta de espionagem por geolocalização, chamada ”FirstMile”.

As investigações da Polícia Federal apontaram que o software adquirido pelo governo utilizava dados de GPS para monitorar ilegalmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

Segundo a gestão da Abin do governo Lula, o programa foi adquirido no final do governo Temer, poucos dias antes da posse de Jair Bolsonaro, e foi utilizado até parte do terceiro ano de seu mandato.

O Antagonista

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