Foto: HeungSoon/Pixabay
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O período de março a junho é quando ocorre o maior número de síndromes gripais – conjunto de doenças que envolvem as vias respiratórias, com sintomas como tosse, coriza, espirro, febre e desconforto respiratório. As crianças fazem parte do grupo de maior vulnerabilidade para hospitalização por causa destas síndromes, junto aos idosos e gestantes. O Complexo Pediátrico Arlinda Marques, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem registrando um aumento nos atendimentos realizados em março deste ano (149 consultas diárias) na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 115 consultas/dia.

Segundo o pediatra e diretor técnico do Arlinda Marques, Ariano Brilhante, nessa época do ano, há uma circulação expressiva dos vírus das síndromes gripais, tanto pela própria sazonalidade do clima quanto pela volta das crianças às aulas. “Com isso, acaba por circular mais vírus em crianças que ainda têm o sistema imunológico a se desenvolver”, explicou.

O médico orienta os pais e responsáveis sobre os principais sintomas de gravidade das síndromes gripais, que são: dificuldade para respirar; muita sonolência e recusa total de alimentação, tanto de sólidos quanto de líquidos. “Nestes casos, é importante levar ao hospital. Já nos casos onde não há os sintomas graves, pode-se levar a criança a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), policlínica ou até tratar em casa mesmo”, orientou.

Cuidado e prevenção – As síndromes gripais fazem parte da infância, por isso, é importante manter os cuidados, redobrando as medidas não farmacológicas já conhecidas, a exemplo dos cuidados de higiene para deixar toda a família mais protegida. Por recomendação da SES, lavar frequentemente as mãos com água e sabão; higienizar os brinquedos compartilhados; evitar contato com outras crianças, se estiver doente, e, principalmente, manter a vacinação em dia, pois as vacinas são eficazes na prevenção de algumas viroses.

Vacinação – A idade mais afetada, com o maior risco de gravidade, é até os seis anos, justamente o alvo da vacinação. “Por isso é tão importante que os pais e responsáveis levem suas crianças para serem vacinadas”, alertou o profissional de saúde.

As vacinas mais importantes contra as síndromes gripais para as crianças compreendem as de influenza – seis meses a menores de seis anos de idade (cinco anos, 11 meses e 29 dias) – de campanha, que começou nesta segunda-feira (18) e a vacina de Covid, para crianças a partir dos seis meses. “São vacinas que protegem contra as formas graves da doença. Por mais que a criança possa ter uma chance de contrair a doença, ela vai ter os sintomas de forma muito mais leve, sem a necessidade de atendimento médico”, pontuou.

Óbitos – De acordo com o Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios da SES, na Paraíba, foram registrados dois óbitos de crianças, por síndrome gripal, em 2024. Um ocorrido no Hospital do Valentina, na capital, sendo uma criança de oito meses, sem comorbidades, do município de Mato Grosso e o outro no Clipsi, em Campina Grande, onde uma criança de três anos, sem comorbidades, do município de Montadas, também veio a óbito.

SECOM-PB

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