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Com um discurso em tom de revolta, o vereador sindicalista Zé Gonçalves (PCdoB) se posicionou contrário aos projetos de lei 040/2024 e 041/2024 da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Patos que concede subsídio (aumento salarial) com índices que chegam até a 100% aos políticos e servidores de alto escalão do município.

A revolta manifestada pelo parlamentar mirim acontece, principalmente, porque servidores públicos do município de Patos estão desde 2016 com gratificações congeladas e muitos sem ter nenhum aumento nos salários por ganharem acima do salário mínimo.

Ele criticou o fato dos próprios políticos terem o poder de aumentarem seus salários.”E aí, eles mandam e desmandam”. De acordo com os projetos, o reajuste para o prefeito que passará dos atuais R$ 17 mil para R$ 28 mil e o vice-prefeito que de R$ 7 mil para R$ 14 mil. Um reajuste de 65% e 100%, respectivamente.

O vereador passará do salário bruto de R$ 10 mil para R$ 17 mil, um aumento em torno de 70%. Já a presidência da Câmara Municipal passará a ganhar R$ 22 mil e os secretários municipais passarão de R$ 7,5 mil para R$ 13 mil. Os aumentos atingem também os secretários adjuntos, procuradores e controladores do município.

“Que categoria nesse país teve aumento com índices assim?”, disparou. Zé Gonçalves reiterou que, quando o aumento é para o trabalhador, não se tem nem a reposição da inflação.

Ele apresentou um levantamento da inflação do período de 2012 até 2023 que somou 72% e mostrou o quanto o trabalhador tem perdido do seu poder de compra, sem que essas perdas sejam repostas.

O parlamentar mirim citou o próprio exemplo, como servidor técnico administrativo do município, cuja gratificação de R$ 250 reais que não é reajustada desde 2014. “E essa é a situação de todos os servidores e servidoras de Patos”, enfatizou.

Os servidores de nível superior, conforme Zé Gonçalves, tiveram um aumento de 5%, 7% e 15% e esses valores reais no salário ficaram em média em torno de 100 reais.

Ao defender os servidores, ele ressaltou a situação de muitas categorias que estão tendo que ir à Justiça para terem seus direitos garantidos, como é o caso dos servidores que não tiveram os terços de férias pagos, nem o adicional de periculosidade e a Enfermagem que perdeu R$ 1.925 de gratificação e não tem o piso nacional pago na cabeça do contracheque, o que trará prejuízos para a aposentadoria.

Os projetos foram aprovados em primeira votação por 12 votos a 4. Votaram a favor os vereadores Nandinho, Décio Motos, Fátima Bocão, Nega Fofa, Nadir Rodrigues, Italo Gomes, David Maia, Sales Júnior, Marco Cezar, Emano Araújo, Willa da Farmácia e Ferré Maxixe.

Assessoria

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