Castanhão chega a maior volume de água acumulada em quase dez anos Crédito: Gil Magalhães/Especial para O Povo
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Atualmente, 65 açudes estão sangrando no Ceará. O maior deles é o Araras, em Varjota, com capacidade para 859 hm³. As cheias advém de três meses de bom inverno.

O primeiro mês de quadra chuvosa foi histórico. Em fevereiro, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou 230,6 milímetros (mm) de precipitação em todo o Estado. Cifra é 90,1% maior do que a média do período.

A boa tendência se manteve em março, quando choveu 233,5 mm, perfazendo desvio positivo de 13,1%. Em abril, dados preliminares da Fundação mostram 168,5 mm, o que já deixa o mês dentro da faixa considerada em torno da média. Isso com 11 dias restando até o fim do mês.

Com isso, a maioria das 12 regiões hidrográficas do Ceará está em situação confortável. Ramon Rodrigues aponta que apenas os Sertões de Crateús estão em situação mais crítica, com 24,04% da capacidade hídrica, enquanto Banabuiú (42,87%) e Médio Jaguaribe (32,87%) ainda demanda atenção. Esta, aliás, é a região onde fica o Castanhão.

Paralelamente, duas regiões hidrográficas estão em 100% da capacidade (Litoral e Baixo Jaguaribe), enquanto outras duas acumulam mais 90% do volume potencial (Acaraú e Coreaú). Ao todo, os 157 açudes monitorados estão 53,1% cheios, guardando 9.835,1 hm³ de água para beber, plantar, banhar e investir no Ceará.

O Povo

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