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A médica patoense Maria Isabel, com o apoio da Associação Paraibana de Esclerose Multipla-Apbem, e de outros profissionais de saúde, estará realizando no próximo domingo, 5 de maio, na Alça Sudeste, em Patos, uma palestra para tratar sobre a esclerose multipla.

De acordo com Maria Isabel, que é portadora da doença, a atividade acontecerá com a presença de vários profissionais de saúde, em alusão ao mês de conscientização do diagnóstico precoce da esclerose multipla.

“Essa conscientização visa principalmente ter o diagnóstico precoce, pois é uma doença de jovens e muitas vezes confundida com outras doenças. O diagnóstico é difícil e todo esse movimento mundial e nacional é para que as pessoas prestem atenção aos sinais e recorram ao neurologista e que os próprios neurologistas fiquem atentos pra o que está acontecendo com as pessoas”, enfatizou Maria Isabel.

Maria Isabel acrescentou que a programação contará com rodas de conversas com os presentes, uma palestra do neurologista Tiago Palmeira, também com a presença de portadores da doença, atividades com os professores de pilates Wesley e Roma, e do professor de educação física, Tizinho, além da distribuição de um lanche para os presentes.

Maria Isabel é formada em Medicina pelo Centro Universitário de Patos (UNIFIP), e está em tratamento em João Pessoa.

Em Patos, ela está no segundo ano da residência de família e da comunidade, e realiza atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jatobá e em uma unidade básica de saúde do município.

Além de Patos, outros municípios da Paraíba realizarão atividades voltadas ao mês de conscientização da esclerose múltipla, a exemplo de João Pessoa, Alhandra, Santa Rita e Bayeux.

Sobre a Esclerose Múltipla (EM)
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​​Trata-se de uma doença neurológica desmielinizante autoimune crônica provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem a bainha de mielina que revestem os neurônios das substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso central.

Alguns locais no sistema nervoso podem ser alvo preferencial da desmielinização característica da doença, o que explica os sintomas mais frequentes: o cérebro, o tronco cerebral, os nervos ópticos e a medula espinhal.

A prevalência e incidência de EM no mundo variam de acordo com a geografia e etnia. No Brasil, estima-se que existam 40.000 casos da doença, uma prevalência média de 15 casos por 100.000 habitantes, conforme a ultima atualização da Federação Internacional de Esclerose Múltipla e Organização Mundial da Saúde publicadas em 2013. O número estimado de pessoas com Esclerose Múltipla no mundo aumentou de 2,1 milhões em 2008 para 2,3 milhões em 2013.

A doença atinge geralmente entre pessoas jovens em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.

As causas envolves predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”:

  • infecções virais (vírus Epstein-Barr);
  • exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente
  • exposição ao tabagismo;
  • obesidade;
  • exposição a solventes orgânicos.

Esses fatores ambientais são considerados na fase da adolescência, um período de maior vulnerabilidade.

Nos portadores de esclerose múltipla as células imunológicas invertem seu papel: ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. As inflamações afetam particularmente a bainha de mielina – uma capa protetora que reveste os prolongamentos dos neurônios, denominados axônios, responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa.

Veja vídeo da doutora Maria Isabel:

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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