Aluno da rede municipal do Rio de Janeiro, que baniu os celulares por lei nas escolas, entrega telefone para ser guardado até o horário da saída - Divulgação
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“Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma ‘recomendação’ seria muito frágil”, afirmou à Folha o ministro da Educação, Camilo Santana. “Nosso objetivo é oferecer às redes de ensino segurança jurídica para que possam implementar as ações que estudos internacionais já apontam como mais efetivas, no sentido do banimento total [dos celulares nas escolas]”, disse.

O ministro afirmou que “os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores”.

Camilo mencionou o relatório da Unesco (braço da ONU para Educação, a Ciência e a Cultura) que recomendou fortemente restrições e até o banimento total do celular nas escolas, apontando uma relação entre o uso da tecnologia e as dificuldades de aprendizado, além de problemas de saúde mental.

“O relatório mostrou que 1 entre 4 países já proíbe ou tem política de redução de celular em sala de aula”, afirmou o ministro.

O documento é do ano passado e, de lá para cá, as restrições aumentaram internacionalmente. No início do ano letivo dos Estados Unidos, no mês passado, o jornal The New York Times falou em uma “nova onda de restrições” legais no país.

Camilo afirmou que a regra irá incluir escolas públicas e privadas de todo o país. Na quinta-feira (19), em um evento do MEC em Fortaleza, o ministro havia falado ao Diário do Nordeste sobre a ideia de vetar celulares nas salas de aula.

À Folha o ele afirmou que o banimento deverá ser total, seguindo pesquisas que defendem, inclusive, a importância de um recreio livre de celulares para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a redução de cyberbullying.

Veja a matéria completa na Folha de São Paulo.

Folha de São Paulo

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