Com o objetivo de ampliar o diálogo sobre o autismo e fortalecer a rede de apoio às famílias atípicas, a Secretaria Municipal de Saúde de Catingueira, na Região Metropolitana de Patos, realizou, na última segunda-feira, 29 de abril, uma roda de conversa especial com o tema: “Além da pele: mães que sentem com a alma”. O encontro aconteceu na Unidade Básica de Saúde Inácio Mota e reuniu mães, profissionais da saúde e membros da comunidade em um ambiente de escuta, acolhimento e empatia.

A iniciativa buscou lançar um olhar mais sensível e humano sobre os desafios enfrentados pelas mães de crianças neurodivergentes. Mais do que falar sobre diagnóstico e tratamento, o espaço foi construído para valorizar sentimentos, vivências e a força emocional dessas mulheres que, todos os dias, se reinventam no cuidado.

Durante a roda, depoimentos tocantes ajudaram a construir pontes entre profissionais e familiares. Histórias foram compartilhadas, lágrimas surgiram, e muitos abraços selaram uma tarde marcada pela escuta ativa e pelo pertencimento. “Essa roda foi só o começo. Seguimos conectados, fortalecidos e com a certeza de que sentir com a alma também é forma de transformar o mundo”, declarou o fonoaudiólogo Helton Ferreira de Araújo, um dos facilitadores do encontro.

Ao lado dele, o psicólogo Bruno Araújo da Silva também trouxe reflexões importantes sobre o papel da rede de apoio emocional no enfrentamento do preconceito e das dificuldades diárias. A fisioterapeuta Eliene Henrique da Silva destacou a importância de integrar diferentes áreas da saúde no cuidado com as famílias. “Não estamos aqui apenas para oferecer atendimentos técnicos. Nossa missão é acolher, ouvir e caminhar junto”, reforçou.

A roda de conversa foi organizada com atenção aos detalhes, desde a ambientação do espaço até o acolhimento individual das participantes. O clima foi de confiança, permitindo que as emoções emergissem sem julgamentos — algo essencial para que o diálogo fosse genuíno e transformador.

A Secretaria de Saúde de Catingueira avaliou positivamente a ação e já planeja novas edições. A proposta é que encontros como esse se tornem parte do calendário permanente da saúde mental e do cuidado com as famílias atípicas no município.

Assessoria

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