Quem sofre com dores de cabeça frequentes sabe o quanto isso pode comprometer a rotina, o bem-estar e até a vida profissional. Ainda assim, é comum que esse sintoma seja negligenciado ou tratado de forma genérica. Em entrevista à TV Aparecida, o neurocirurgião Dr. Rodolfo Carneiro respondeu às principais dúvidas de pacientes que convivem com esse desconforto, oferecendo uma perspectiva clínica precisa e humanizada sobre as causas, o diagnóstico e o tratamento da dor de cabeça.
Com sólida formação em neurocirurgia e experiências internacionais na Alemanha e Coreia do Sul, Rodolfo Carneiro é fundador da clínica Coluna e Neuro, onde atua com foco em técnicas modernas e atendimento individualizado. Neste artigo, reunimos os principais pontos abordados por Dr. Rodolfo no programa para ajudar quem busca respostas sobre o que realmente está por trás das dores de cabeça recorrentes.
Dores frequentes, exames normais: pode ser enxaqueca?
Uma das dúvidas mais comuns entre os pacientes é quando a dor de cabeça persiste por anos, mesmo após a realização de vários exames e visitas a diferentes médicos.
Dr. Rodolfo Carneiro explica que, nesses casos, é bastante provável que o quadro esteja relacionado à enxaqueca. “A enxaqueca é uma disfunção química cerebral. Por isso, ela não aparece em exames como tomografia ou ressonância magnética. Muitas vezes, mesmo com todos os exames normais, a pessoa está sofrendo de enxaqueca e não sabe”, afirma o especialista.
O diagnóstico, segundo Dr. Rodolfo, é essencialmente clínico, ou seja, baseado na história da dor relatada pelo paciente. “O neurocirurgião precisa ouvir com atenção o relato e identificar padrões que indiquem o tipo de cefaleia. Isso é o que define o tratamento mais adequado”, complementa Rodolfo Carneiro.
Tontura acompanhando dor de cabeça pode ser sinal de enxaqueca?
Sintomas associados ajudam no diagnóstico
Outra dúvida muito frequente envolve a associação entre dor de cabeça e tontura. Segundo o Dr. Rodolfo, essa relação é bastante comum e, sim, pode estar ligada à enxaqueca. “A tontura e a vertigem são sintomas que podem acompanhar a crise. Elas podem ocorrer antes, durante ou depois da dor”, explica.
Rodolfo Carneiro ressalta que observar os sintomas que acompanham a dor é importante para entender o tipo de enxaqueca. “Existem variações de intensidade e frequência que vão determinar o plano de tratamento. Por isso, cada caso deve ser avaliado de forma isolada”, pontua.
Dor de cabeça no período menstrual: é normal ou é sinal de enxaqueca?
Variação hormonal como gatilho
Durante a entrevista, Dr. Rodolfo Carneiro abordou também a relação entre o ciclo menstrual e a dor de cabeça. Muitas mulheres relatam dor justamente nos dias que antecedem ou coincidem com a menstruação.
“Existem enxaquecas que ocorrem exclusivamente no período menstrual por conta da variação hormonal. Mas também há casos em que a enxaqueca já existe e se intensifica nessa fase do ciclo”, explica Dr. Rodolfo.
A orientação do especialista é investigar o padrão da dor e identificar se há relação com o período hormonal. “Entender o tipo de enxaqueca é essencial para indicar o tratamento certo. Existem abordagens específicas para as enxaquecas hormonais”, afirma Rodolfo Carneiro.
Medicamentos fortes usados com frequência podem fazer mal?
O uso frequente de medicamentos potentes para controlar crises de dor de cabeça é uma prática comum entre quem sofre de enxaqueca. Uma das perguntas recebidas no programa foi justamente sobre isso: existe risco de prejudicar órgãos a longo prazo?
Dr. Rodolfo Carneiro foi direto na resposta: “Depende da frequência com que são usados e quais são os medicamentos. Alguns, quando utilizados de forma recorrente, podem afetar fígado, rins ou até causar dor de cabeça rebote.”
Segundo o neurocirurgião, o ideal é que o uso de analgésicos seja controlado por um especialista. “A automedicação pode agravar o problema. Quando o paciente depende de medicamentos fortes com frequência, é sinal de que o tratamento preventivo precisa ser revisto”, alerta Dr. Rodolfo.
O papel do neurocirurgião no tratamento da dor de cabeça
Para quem convive com dor de cabeça constante, a orientação de Rodolfo Carneiro é clara: procurar ajuda especializada. “Muitas pessoas demoram anos até chegarem ao diagnóstico correto de enxaqueca. Isso compromete a qualidade de vida e aumenta o risco de complicações. O neurocirurgião pode avaliar o caso de forma profunda e orientar o melhor caminho”, explica.
Com mais de 15 anos de experiência, Dr. Rodolfo Carneiro responsável pela Clínica Coluna e Neuro atua com foco no diagnóstico preciso e no tratamento personalizado de doenças neurológicas e da coluna. Na clínica Coluna e Neuro, o atendimento é voltado para o cuidado integral do paciente, aliando tecnologia, escuta ativa e empatia.
Assista à entrevista completa
Para assistir à entrevista completa do Dr. Rodolfo Carneiro no programa da TV Aparecida e entender melhor cada uma das orientações acima, acesse o vídeo no link abaixo:
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