Adilton Dias, repórter há quase 30 anos em Patos
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Adilton Dias dos Santos é natural de Patos, tem 59 anos, e é um repórter à moda antiga: não usa Internet, não tem perfil nas redes sociais, não utiliza o WhatsApp e, para fazer suas reportagens conta apenas com o bom e velho gravador. É um repórter ousado, costuma fazer “perguntas de gaveta” a seus entrevistados. O governador Ricardo Coutinho, por exemplo, já se estressou com o repórter por conta de algumas indagações que Adilton Dias fez a ele.

Participando do programa Sala de Conversa, apresentado por Luiz Gonzaga, na TV Sol

De trabalho ininterrupto no rádio já são 27 anos, de 1990 para cá, mas, antes disso, nos anos 70, Adilton já havia trabalhado no rádio Em 1976, cabeludo ainda, conforme a moda da época, ele começou a apresentar o programa “A Voz do Estudante”, na Rádio Espinharas, emissora da diocese de Patos. Certa vez tocou músicas de teor erótico no programa e recebeu um “puxão de orelha” do bispo. “Foi a maior gafe que eu cometi na minha profissão”, lembra ele.

Adilton trabalha na Rádio Arapuan, antiga Rádio Panati, apresentando, das 11 às 13 horas, o programa Rádio Verdade, com Izaias Nóbrega e Fábio Diniz. Durante muito tempo ele abasteceu os programas de rádio de Patos com informações. “Eu colaborava com todos os programas jornalísticos de Patos, de todas as rádios, como uma espécie de freelancer, mas hoje estou só na Arapuan”, explica.

De fato, era difícil em um programa de rádio em Patos não se ouvir a voz de Adilton Dias. Ele tem um ligeiro problema na dicção, problema que, segundo o odontólogo Otacílio Paulo,  é de fácil solução. O odontólogo diz que o procedimento é simples e ele o realiza até de graça caso o radialista se propusesse a fazer, mas Adilton Dias nunca quis arriscar.

Adilton se formou em Economia e Jornalismo e diz que, nesse Dia do Jornalista, não há o que comemorar, pois desde que o supremo decidiu que para se exercer a profissão de Jornalista não se tem a necessidade de diploma a profissão foi desrespeitada. “A PEC que trata do diploma para a profissão de Jornalista tem de ser desengavetada e tem que se aprovar a necessidade do diploma para o exercício da profissão”, diz ele. Segundo Adilton Dias o entendimento dele é que a profissão seja exercida por qualquer pessoa que tenha um curso superior e passe por uma especialização para se aprimorar. “Se a pessoa é formada em Economia, por exemplo, faz uma especialização e aí  fica apta para a profissão. No meu entender quem já tá na profissão pode ficar, desde que atenda a esses requisitos”, esclarece. .

O jornalista Adilton Dias encontrou o respeito dos colegas da imprensa e do povo de Patos pela dedicação ao que faz. “Eu sonhava ser médico, entrei por acaso na imprensa, mas estou satisfeito e tocando o meu trabalho”, finalizou.

Folha Patoense – folhapatoense@gmail.com

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