Uma dona de casa de 42 anos deu à luz trigêmeas na manhã desta quinta-feira (8), na maternidade da Santa Casa de São Carlos (SP). A gravidez é rara e de risco, mas a mãe e as 3 Marias passam bem. “No começo a gente assusta, mas é uma graça de Deus”, disse Maria Ivoneide de Souza ao G1.
Maria Aparecida, Maria Lorrane e Maria Cynthia nasceram por volta de 9h30, após uma gestação de 8 meses. A previsão dos médicos era para a cesárea no próximo dia 20, mas elas se adiantaram.
“Eu ia fazer um ultrassom amanhã e, se estivesse tudo bem, ia marcar para fazer a cesárea. Mas quando deu 2h eu levantei para ir ao banheiro e a bolsa estourou. Meu marido chamou o Samu e vim direto para cá. Está tudo bem com elas e não precisou ir para CTI”, disse.
Um irmão virou três irmãs
Sem histórico de trigêmeos na família, Maria queria dar um irmão para o outro filho do casal, de 4 anos. Em abril do ano passado ela chegou a ficar grávida, mas perdeu o bebê.
Ela também passou pela cirurgia de laqueadura. “Vai que aparece mais um, a gente não está podendo”, brincou.
Caso raro
Segundo a ginecologista e obstetra Cynthia Campos Pereira Lopes, que fez a cesárea, a gravidez de trigêmeos é rara e acontece em 1 a cada 100 mil nascimentos. Por conta da idade, Maria precisou ficar em repouso total no pré-natal.
“Na idade dela é mais raro ainda, ainda mais sem tratamento, vieram naturalmente. Precisa de um cuidado triplicado e ela precisou passar por um pré-natal de alto risco. Ela fez bastante exames, porque tem risco de pressão alta, mas graças a Deus correu tudo bem”, disse a médica, que foi homenageada pela família no segundo nome de uma das meninas.
Ainda de acordo com a médica, as crianças precisam ganhar peso e estão em uma unidade de cuidados especiais. “A menorzinha tem 1,7 quilos e a maior 1,9 quilos. A diferença de peso era uma preocupação nossa, mas elas estão ótimas e não estão dependentes de oxigênio. A previsão é de que em 3 ou 4 dias elas estejam no quarto com a mãe”, concluiu Cynthia.
Família precisa de ajuda
A chegada de três novos moradores preocupou a família, já que o pai, o pedreiro Manoel Santana Braz Pereira, teve que deixar o emprego em Bauru para cuidar da esposa, que tinha ficar em repouso total durante a gestação.
“Ela passou mal e o médico disse que era bom eu estar ao lado dela. A família em primeiro lugar, né?”, disse Pereira.
Agora ele busca um emprego para conseguir manter a família e fazer um novo quarto para as crianças. Por enquanto as Marias vão reaproveitar o berço do irmão. Eles também contam com a solidariedade.
Quem quiser ajudar a família pode levar doações para a Rua 5, número 82, no Conjunto Residencial Eduardo Abdelnur.
