Ana Beatriz e a mãe Paloma Leite
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A Assistente Social, Paloma Lucena da Silva Leite, 29 anos, moradora do bairro Noé Trajano, tem consciência que um gesto simples, que não lhe custa nada, nem a prejudica, muito pelo contrário, nem compromete a amamentação de sua bebê, Ana Beatriz, salva a vida de muitos recém-nascidos que, por diversos motivos, ficaram impedidos de sugar o leite de suas mães. Doadora regular de leite humano, Paloma doa o excedente para o Banco de Leite Humano Dra. Vilani Kerle, da Maternidade de Patos, desde que a pequena Ana Beatriz tinha menos de 15 dias de nascida.

Paloma, que foi orientada e também recebeu cuidados da equipe do Banco ainda quando estava interna na Maternidade, onde teve sua primeira filha, no dia 20 de março último, assimilou bem as informações que recebeu enquanto esteve sob os cuidados da equipe da Maternidade. Seu esposo, o Analista de Sistema, Mateus Leite, participou ativamente deste momento único não apenas acompanhando o parto, mas dividindo com sua esposa o início de uma jornada para a vida inteira.

Paloma fez uma cesariana, embora tivesse se preparado para ter um parto normal, porque estava perdendo líquido amniótico três dias antes do parto, não teve dilatação suficiente e Beatriz já estava em sofrimento com uma gestação de 40 semanas. “Queria normal, mas, infelizmente não foi possível e avaliamos que não valia a pena mais esperar, pois Ana Beatriz já estava em sofrimento, tanto que nasceu com as extremidades roxas e com a pele descamando nas mãos e pés”, afirma ela.

Quinze dias após receber alta e já com a amamentação regularizada, Paloma resolveu começar a doar seu excedente. No início, quando Ana Beatriz mamava menos, as coletas eram semanais. Atualmente, se tornaram quinzenais. “Faço a doação toda vez que o vidro enche”, afirma Paloma. Ela mesmo leva o produto armazenado em vidro esterilizado e fornecido pelo Banco de Leite. Antes, quando era mais regular e frequente, a coleta era feita em domicilio pela equipe do Banco.

“Sei que meu gesto salva vidas, não prejudica minha filha e ainda me faz bem porque ajuda a estimular a produção e regular meu organismo e ao mesmo tempo me faz mais feliz porque sei que estou ajudando outros bebês e mães que não podem doar ou não têm leite”, reitera Paloma, que trabalha no CRAS, do bairro São Sebastião e volta da licença maternidade no dia 16 de julho. “Não sei ainda como será, mas pretendo amamentar minha filha, exclusivamente, no peito até ela completar seis meses de vida”, afirma ela.

A coordenadora do Banco de Leite de Patos, Joana Sabino, destaca que testemunhos e atitudes como esse de Paloma dão um ânimo especial a equipe do Banco. “O leite humano não pode ser fabricado e a única forma de conseguirmos alimentar e salvar vidas de bebês prematuros e que não mamam no peito da mãe é contando com a boa vontade de mulheres como Paloma, que têm plena consciência da importância deste gesto de amor ao próximo”, lembra Joana.

Assessoria

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