Compartilhe!

5c066aa726419 47426966 359456831471600 3658374377327558656 nDurante a II Feira da Economia Solidária, realizada no último dia 28, em Patos, na Paraíba, foi realizado um teste com amostras de sementes para saber se elas eram crioulas ou transgênicas.

O teste feito com a amostra do milho da agricultora, Jande Lúcia, do Sítio Riacho de Areia, localizado em Cacimbas e apontou que todas eram crioulas, o que não a surpreendeu.

“Tive a alegria de ver a minha semente de milho no teste de transgenia e foi atestado que minha semente continua pura. O teste foi feito pela estudante de agroecologia da Escola de Lagoa Seca, Ana Eliza, onde o milho foi triturado com água no liquidificador e com as fitinhas, foi feito o teste. É muito gratificante”, falou.

Júnior Leite, educador social de campo do PROPAC e técnico em agroecologia, também falou sobre o teste:

Se a semente for transgênica aparecerão dois riscos na fita que ficou imersa na solução, se for crioula, apenas um risco será indicado na fita”, declarou.

Júnior Leite aproveitou para dar dicas de como evitar a contaminação das sementes.

Se o agricultor ou agricultora tiver algum vizinho que plante usando transgênicos é preciso que ele plante depois dele. Para. É bom evitar armazenar sementes crioulas junto de transgênicas e é necessário separar a semente para a próxima plantação na hora da colheita, ainda na lavoura”, destacou.

As sementes crioulas, ou sementes da paixão, como são conhecidas na Paraíba, são livres de transgênicos e valorizam o trabalho de proteção e respeito à natureza, pois, preservando essas sementes, também fortalecem o movimento contra o uso de transgênicos no País. Elas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades.

Os guardiões e guardiãs de sementes crioulas vêm resgatando e preservando não só sementes, mas também saberes e práticas agroecológicas que buscam diminuir a dependência da agricultura em relação aos atuais pacotes tecnológicos das grandes empresas transnacionais do setor, marcados pelo uso intensivo de agrotóxicos e outros insumos químicos.

Paloma Pires – asdppb.org

Deixe seu comentário