O “Praia Acessível” é um programa realizado desde 2012. Foto: Divulgação / Praia Acessível
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Um grupo de moradoras do Cabo Branco, bairro nobre de João Pessoa, procurou a vereadora Helena Holanda (Progessistas) na manhã da quarta-feira (21) pedindo para que ela impedisse ou restringisse a ida de pessoas com deficiência à orla da capital, pois isso não deixava o lugar bonito. As cinco mulheres que não se identificaram foram presencialmente à Câmara dos Vereadores da cidade fazer o apelo.

Helena foi procurada pelas moradoras por ser uma das líderes do “Praia Acessível”, um projeto realizado há 8 anos pela prefeitura de João Pessoa que facilita a ida à praia de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, e ocorre no Cabo Branco. De acordo com as mulheres, isso tira a beleza do bairro onde “pessoas ilustres e de renome moram”. Elas teriam pedido, ainda, a criação de um condomínio fechado na região para cercar o local.

Em entrevista à Rádio Band News, a vereadora disse que respondeu que o projeto não seria retirado do local em hipótese alguma, e que, caso elas tivessem incomodadas, se mudassem. Acrescentou que os deficientes, assim como qualquer cidadão, têm direito de ir e vir. “Elas pediram pra eu retirar o projeto e agora estou com a ideia de expandi-lo”, afirmou.

Além disso, Helena comentou que não é a primeira vez que o programa é criticado. “Há 4 anos, nós estávamos lá fazendo um São João, e uma senhora disse pra desligarmos o som porque estaria incomodando, e que, desde que o projeto chegou, a praia não era mais a mesma”.

Praia Acessível

O “Praia Acessível” é um programa realizado desde 2012 que facilita a ida à praia de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida no trecho em frente à Fundação Casa de José Américo, no Cabo Branco. Ele acontece todos os sábados, de 7 às 12h, e é uma parceria da Prefeitura Municipal de João Pessoa com a Fundação Casa José Américo, a ONG Assessoria e Consultoria para Inclusão Social, e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência.

Com o auxílio de cadeiras adaptadas, os participantes podem tomar banho de mar e passear pela areia. Além disso, eles têm a oportunidade de jogar vôlei sentado em um espaço especialmente preparado e praticar alguns esportes aquáticos. “É uma manhã de inclusão, integração e lazer para melhorar a vida da pessoa com deficiência”, afirmou Helena Holanda.

 

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