O Brasil tem 1.546 casos confirmados de novo coronavírus e 25 mortes até este domingo (22), diz o ministério da Saúde.
Foram relatados 418 casos a mais em relação ao balanço anterior, de sábado, um aumento de 37%. E 7 mortes foram contabilizadas nas últimas 24 horas.
Todas elas aconteceram em São Paulo, que agora soma 22 mortes. E também é o local com maior número de casos, com 631 – até sábado eram 459.
A taxa de letalidade da doença continua a mesma de sábado: 1,6%, segundo o governo federal.
Medidas restritivas nos estados
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre medidas restritivas que estão sendo adotadas pelos estados e municípios, pedindo “bom senso”.
Ele citou, sem apontar o local, que houve cidades em que a prefeitura decidiu interromper o sistema de ônibus ”abruptamente” e por isso profissionais da saúde não conseguiram chegar ao trabalho.
“É preciso definir o que é essencialidade, para que a gente não faça de uma paralisação total um remédio mais duro do que o próprio vírus, e esse remédio possa inviabilizar a nossa vida”, afirmou Mandetta.
“É preciso que haja bom senso entre os governantes e pontos de equilíbrio. Por isso trazer para a organização nacional algumas coisas de definição. A operacionalidade sempre vai estar na ponta do sistema”, completou.
Mandetta se referiu à medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro no último sábado, que concentra no governo federal o poder para a adoção de restrições ao transporte de bens, à movimentação de pessoas e à manutenção de serviços durante a crise gerada pela epidemia do novo coronavírus.
O ministro também disse ser importante informar bem a população sobre a duração das restrições. “Vamos dar uma parada agora, mas vamos reabrir daqui a uma semana, duas… Ninguém aguenta permanecer parado ‘full time’ (o tempo todo)”, afirmou. “Então, faz duas, libera um pouquinho. Deixa as pessoas se reorganizarem. Aí atravessamos mais um pouco.”
“Quem dita o ritmo é o nosso próprio comportamento. Podemos ter que acelerar um pouco e diminuir um pouco o passo, até que a gente esteja bem.”