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Faleceu por Covid-19, na madrugada desta segunda-feira (15), dirigente do PCdoB na Paraíba Maria Lúcia Santos Rocha. Ela tinha 75 anos.

Maria chegou à Paraíba em 1982. Atuou no Movimento Contra a Carestia, na Associação dos Moradores de Cruz das Armas e fundou a União de Mulheres de Cruz das Armas; Atuou no movimento sindical dos gráficos, quando trabalhava no jornal O Norte e depois integrou a direção do Sindiágua.

A presidente do PCdoB na Paraíba, lamentou o falecimento.

“Lúcia é mais uma vítima da tragédia que se abateu sobre o nosso país, uma simbiose da pandemia do Covid-19 com o desgoverno da extrema direita, que potencializa as consequências funestas para nosso povo. Lúcia fez o combate a estes dois males com todas as suas forças. Tombou na trincheira como combatente de vanguarda”, disse.

Leia na íntegra o comunicado do partido:

‘EM MEMÓRIA DA DIRIGENTE COMUNISTA MARIA LÚCIA SANTOS ROCHA

É com profundo pesar que comunicamos a todo(a)s militantes, filiado(a)s e amigo(a)s o falecimento, na madrugada desta segunda feira, 15 de março, da dirigente comunista, camarada Maria Lúcia Santos Rocha, 75 anos. Lúcia é para nós um exemplo de dedicação incansável às causas dos trabalhadores e do povo. Nunca deixou de acreditar no socialismo para superar o sistema de exploração atual. Simples, solidária, persistiu na luta por seus ideais até oúltimo momento. Revolucionária convicta, não media esforços para cumprir suas tarefas partidárias.

Natural do Piauí, deixa uma história exemplar para todo(a)s nós: iniciou sua militância política ainda nos bancos escolares, como membro da Ação Popular. Quando as perseguições da ditadura se tornaram mais cruentas, não temeu a clandestinidade, tendo atuado na Bahia – seu estado natal – Maranhão, Piauí, São Paulo, Ceará e Pernambuco; com a decisão de sua Organização integrar-se ao Partido Comunista do Brasil, em 1972, não vacilou abraçando as fileiras do PCdoB até os dias de hoje, onde ocupou diversos cargos de direção e integrava seu atual Comitê Estadual. Tinha especial satisfação em ir às bases do Partido e filiar, organizar.

Chegando à Paraíba no início de 1982, rapidamente se ligou às lutas populares. Em 1983 casou-se com o então dirigente do partido José Rodrigues. Estar junto ao povo era uma alegria para ela. Assim atuou no Movimento Contra a Carestia, na Associação dos Moradores de Cruz das Armas e fundou a União de Mulheres de Cruz das Armas; Atuou no movimento sindical dos gráficos, quando trabalhava no jornal O Norte e depois integrou a direção do Sindiágua – antes chamado de Stipdase; defendia a concepção Marxista sobre o feminismo e foi fundadora da seção estadual da União Brasileira de Mulheres– UBM.

Soube conciliar o fulgor da luta com sua vida profissional e familiar, dedicando todo carinho e zelo à criação e educação de seu filho, Ramon. Mulher de combate esteve em todas as grandes lutas do povo paraibano, nas mobilizações e greves de trabalhadores, nas campanhas eleitorais e lutas em defesa da democracia e dos interesses nacionais. Mesmo com saúde frágil nunca se deixou abater, esteve nas ruas combatendo o golpe e a ameaça fascista. Até o dia de sua internação ajudava a organizar a nossa participação no 3ª Conferência do PCdoB Sobre a Emancipação da Mulher.

Lúcia é mais uma vítima da tragédia que se abateu sobre o nosso país, uma simbiose da pandemia do Covid-19 com o desgoverno da extrema direita, que potencializa as consequências funestas para nosso povo. Lúcia fez o combate a estes dois males com todas as suas forças. Tombou na trincheira como combatente de vanguarda.

Continuaremos sua luta! Seu exemplo se multiplicará! Dentro e fora do Partido.

MARIA LÚCIA SANTOS ROCHA, PRESENTE!

Gregótia Benário Lins e Silva,

Presidenta Estadual do PCdoB’

WSCOM

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