Bolsonaro durante passeio de moto em São Paulo (Imagem: Wanderley Preite Sobrinho/UOL)
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O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou hoje um inquérito civil para investigar os organizadores da ‘motociata’, que reuniu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e causou aglomeração em São Paulo no último sábado (12). Denominado “Acelera para Cristo”, o ato reuniu 12 mil motociclistas, incluindo o presidente, segundo a secretaria Estadual de Segurança.

O objetivo, segundo o MP-SP, é “apurar devidamente os fatos e tomar, a posteriori, as providências que se fizerem necessárias, inclusive eventual propositura de ação civil pública”.

O promotor de Justiça Arthur Pinto Filho incluiu na investigação Jackson Vilar, além de outras lideranças que ainda devem ser identificadas. Ele pediu que o MPF (Ministério Público Federal) seja oficiado, “para ciência e providências que entender cabíveis no sentido de investigar o Presidente da República e demais autoridades que têm foro”.

A ‘motociata’ circulou pela cidade com participantes sem máscara. Bolsonaro e os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), foram autuados por “não cumprir com a exigência” de uso da proteção facial, em R$ 552,71, pelo Centro de Vigilância Sanitária da secretaria estadual de Saúde.

Também foram multados cinco deputados federais, incluindo o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além de Carla Zambelli (PSL-SP), Cezinha de Madureira (PSD-SP), Coronel Tadeu (PSL-SP) e Hélio Lopes (PSL-RJ), e o deputado estadual Gil Diniz (sem partido-SP).

Ao final do passeio de moto, Bolsonaro fez um discurso em um carro de som, na região do Parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Ele voltou a atacar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu o falso tratamento precoce contra a covid-19 e criticou, de novo, o uso de máscaras.

UOL

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