Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Caminhoneiros autônomos se queixaram em grupos de WhatsApp da alta de quase 9% do diesel anunciada pela Petrobras nesta 3ª feira (28.set.2021). Alguns voltaram a falar em nova paralisação da categoria, ainda que de maneira não organizada. Um encontro foi agendado para o dia 16 de outubro no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente da CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), Plínio Dias, caminhoneiros já começaram a pressionar líderes de associações e sindicatos a respeito da alta.

O Governo já tem nossas pautas, basta tomar atitude e ouvir nossos pedidos. […] Estão fazendo vista grossa às legítimas lideranças dos caminhoneiros autônomos”, disse.

Hoje, há um gatilho no mecanismo de cálculo do piso mínimo do frete do transporte rodoviário de carga que eleva o preço quando o diesel aumenta, e minimiza o impacto da conta repassada ao caminhoneiro.

O presidente do Sinditac PS (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Paraíba do Sul), Nelson Junior, disse que esse sistema, usado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para contrabalancear o aumento do diesel, não consegue acompanhar as sucessivas altas do combustível.

O gatilho existe, mas com o tanto de alta que o diesel teve, o gatilho não acompanha. Isso é ilusório, é para inglês ver. Não adianta”, disse Nelson Junior.

Em comunicado, a Petrobras disse que a alta aconteceu após 85 dias de preços estáveis. A partir desta 4ª feira (29.set.2021), o preço médio do diesel passará para as distribuidoras de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que “o Brasil não pode tolerar a gasolina a R$ 7 e o gás de cozinha a R$ 120” e que levará alternativas para discussão no colégio de líderes nesta 4ª feira (29.set).

Poder360

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