O ex-juiz Sérgio Moro comunicou ao União Brasil que está disposto a desistir da candidatura a presidente pelo Podemos e se filiar à legenda para concorrer a deputado federal por São Paulo.
A desistência da candidatura presidencial foi uma condição imposta pelo grupo oriundo do DEM no União Brasil, que tem direito a veto.
O ex-juiz estava sendo pressionado no Podemos a transferir seu domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo. Caso contrário, alguns parlamentares ameaçavam deixar o partido.
O União Brasil também está à espera do anúncio, programado para hoje às 16h, da desistência do governador João Doria (SP) de concorrer à Presidência da República para iniciar as negociações de uma chapa única ao Planalto dos partidos autodenominados de “centro democrático”.
A chapa mais provável, nesse caso, seria composta pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e pela senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O presidente nacional do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), também reivindica um lugar na chapa. A ideia é que ela seja composta pelos que estiverem melhor colocados nas pesquisas de opinião e com menos rejeição.
Os partidos desse grupo ainda estão com cuidado quanto ao anúncio de Doria, porque temem que ele esteja ameaçando desistir da candidatura para forçar um movimento em sentido contrário no PSDB.
Os caciques tucanos que articularam com os partidos de centro pela desistência de Doria combinaram não se pronunciar publicamente até o anúncio oficial do governador de São Paulo, de que não se desincompatibilizará do governo de São Paulo para ser candidato.
Nem mesmo o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que tomou a frente das articulações, pretende se manifestar até ficar seguro de que Doria desistiu mesmo.
