Jovem denunciou, nas redes sociais, episódio de racismo em loja de brinquedos de shopping de João Pessoa — Foto: reprodução/Instagram
Jovem denunciou, nas redes sociais, episódio de racismo em loja de brinquedos de shopping de João Pessoa — Foto: reprodução/Instagram
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Uma psicopedagoga denunciou, nas redes sociais, um caso de preconceito racial ao frequentar uma loja de brinquedos em um shopping de João Pessoa. O caso aconteceu no dia 1º de agosto, na Ri Happy do Manaíra Shopping. Segundo a psicopedagoga, uma funcionária a abordou, na saída, e pediu para abrir a bolsa, sendo questionada sobre a procedência de alguns objetos.

A vítima informou ao g1 que fez um Boletim de Ocorrência sobre o caso.

Segundo o relato da vítima, identificada como Alice Carvalho, ela foi na loja para comprar um jogo, e passou cerca de meia hora no local, procurando um brinquedo que a interessasse. Durante o período, ela foi abordada por uma funcionária que ofereceu ajuda, e ela relatou que estava apenas observando. Ao sair, a mesma funcionária a abordou e pediu para ir ao encontro dela na porta da loja.

“Quando eu chego na porta, ela me pede para abrir a bolsa. Eu, na inocência, abri, ela passou um tempo olhando dentro, nisso já chegaram dois seguranças do shopping. Então ela disse: ‘e esse jogo aqui, você comprou agora?’. E eu respondi que não, que havia comprado em outro momento, em outra loja. E ela mandou fechar a bolsa. Só que eu não tive reação de nada, na hora. As pessoas olhavam ao redor, com olhar de julgamento e eu não tive reação”, disse Alice nas redes sociais.

Ainda segundo a profissional. Ao postar o vídeo nas redes sociais e questionar a própria loja, ela recebeu a informação, por parte da empresa, de que ela não esteve na loja, que não havia como provar que aconteceu lá. “Reportei o acontecido no direct da loja, simplesmente alegaram que eu não estava lá na data. Como assim? Existe o racismo extremo, vou questionar o porquê? E o caso é omitido. Como é que passei, por volta de 30 minutos na loja e nenhuma câmera registrou minha presença? Será que mais uma vez, fora o constrangimento e vergonha que passei, o caso foi esquecido?”

“Eu exijo uma explicação e um esclarecimento, pq acima de tudo, eu sou um ser humano. Minha cor é orgulho, pois acima de tudo, eu não uso isso para me vitimizar e sim como motivador, até por que a inteligência, educação, decência e respeito, não estão ligados a cor da pele e sim ao que cada um faz enquanto cidadão”, postou a jovem nas redes sociais.

Em nota, o Grupo Ri Happy informou nesta quinta-feira (3) que a Ri Happy Manaíra entrou em contato com a consumidora, pedindo desculpas pelo fato ocorrido no dia 1º de agosto de 2023. A empresa informou ainda que rechaça veemente qualquer tipo de atitude de preconceito e discriminação, por isso está tomando as medidas cabíveis sobre o caso, além de reforçar o treinamento sobre as políticas de atendimento na loja.

O Manaíra Shopping também divulgou nota sobre o caso. O centro comercial disse que “repudia qualquer espécie de preconceito em desfavor de qualquer pessoa”.

G1 PB

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