Mariana Thomaz foi morta por Johannes Dudeck (Foto: reprodução)
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O empresário Johannes Dudeck foi condenado a 32 anos de prisão por feminicídio qualificado e estupro contra a estudante cearense de Medicina Mariana Thomaz, em março de 2022. A sentença foi divulgada no final da tarde de hoje depois de um júri popular que começou ontem às 9h e foi realizado no 1º Tribunal do Júri no Fórum Criminal de João Pessoa presidido pelo juiz Antônio Ribeiro Gonçalves Júnior e com a presença de três homens e quatro mulheres como jurados.

O júri se deu a portas fechadas e no momento do interrogatório, Johannes não respondeu às perguntas do Ministério Público. Apenas as do juiz e dos jurados.

Por maioria de votos, o júri reconheceu a procedência da pronúncia, condenando o réu pela prática de feminicídio qualificado e pelo estupro praticado contra Mariana Tomaz de Oliveira. A sentença, em cumprimento à deliberação dos jurados, pelos dois delitos, condenou o réu à pena de 32 anos de reclusão em regime inicialmente fechado na forma da Lei de Crimes Hediondos, negando-lhe o direito de recorrer em liberdade.

Johannes e Mariana estavam no apartamento dele no Cabo Branco no dia 12 de março de 2022. Ele chamou o SAMU alegando que a estudante teria sofrido um mal súbito. A equipe que atendeu a ocorrência, contudo, visualizou sinais de estrangulamento e acionou a polícia. Os autos dizem que o empresário tentou manter relações sexuais com Mariana, que teria recusado. Ele forçou o ato e depois a estrangulou e matou.

A defesa do empresário, contudo, alegou a inocência de Dudeck e que Mariana teria sofrido uma overdose provocada por álcool e drogas.

Com o resultado, Johannes que já estava preso, será levado para cumprir pena no Presídio do Róger

O feminicídio de Mariana Thomaz resultou na edição da Lei Estadual 12.297/22 (Lei Mariana Thomaz) que determina, entre outras medidas, que as instituições estaduais de assistência e acompanhamento às mulheres promovam a divulgação dos sites e demais locais de consulta sobre os antecedentes criminais de terceiros. A ferramenta disponibilizada para esse tipo de consulta é gerenciada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e pode ser acessada aqui.

ParlamentoPB

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