Almirante Almir Garnier Santos — Foto: Agência Brasil
Compartilhe!

O ex-comandante da Marinha, almirante Garnier Santos, é um dos alvos de busca e apreensão da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira com o objetivo de apurar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além de Garnier, a PF cumpriu mandados de busca contra outros 15 militares. Entre eles, estão o ex-ministro da Casa Civil general Braga Netto, o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional general Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, também foi alvo de buscas. Contra ele, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre Moraes aplicou medidas restritivas, como a proibição de deixar o país, devendo entregar o passaporte no prazo de 24 horas, e de se comunicar com demais investigados.

Segundo a coluna de Bela Megale, Garnier foi citado na delação do ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid como o único chefe de uma Força a encampar o plano golpista de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Conforme o relato de Cid, o almirante teria dito ao ex-presidente, em reunião no Palácio da Alvorada, que a sua tropa estava pronta para atender a um chamamento de Bolsonaro. Naquela ocasião, o comando do Exército não embarcou na trama, de acordo com Cid.

Em outubro do ano passado, Garnier também foi alvo de indiciamento no relatório da CPI do 8 de Janeiro pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSB-MA), afirmou que ele “aderiu” ao plano golpista e “colaborou decisivamente” para o “desfecho” dos atos antidemocráticos, quando manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Veja a matéria completa no site O Globo.

Deixe seu comentário