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Pedal 1De um começo sem muitas pretensões até percorrer uma distância de uma volta ao mundo. Assim é a história do administrador de empresas, Walber Marinho, que adotou a sua bicicleta como paixão em duas rodas como forma de lazer, saúde e de conhecer novos lugares, tão longínquos que se tornaram inacreditáveis para quem era apenas um iniciante no gosto por pedalar em 2011.

Em conversa com o Portal 40 Graus, o patoense de 48 anos, contou que, inicialmente, “os pedais eram feitos apenas nos finais de semana e tinha como destino as cidades circunvizinhas, daí fomos tomando gosto pelo esporte gradativamente e assim aumentando as distancias percorridas com a bike”.

Após tantas aventuras, é hora de contabilizar as distâncias percorridas das mais diferentes formas: seja com amigos, ou muitas das vezes, solitário, apenas apreciando os encantos da natureza.

Pedal 1De acordo com Marinho, são as trilhas nas áreas rurais, onde o contato com a natureza, o ar puro e a tranquilidade tornam o caminho preferido a ser percorrido. “Quando se tem paixão por alguma coisa, a gente ganha ânimo e não vê o tempo passar”, garante ele.

Ele disse que não pensava que chegaria tão longe, e hoje, não consegue mais pensar em parar, ou ficar um dia sequer sem pedalar.

As trilhas são feitas diariamente, sempre às 05h da matina, antes do sol nascer, “onde aproveitamos para fazer alguns registros fotográficos (outro hobby que criei a partir das pedaladas). Apesar disto, também sempre buscamos fazer alguns desafios pessoais que são as grandes distancias que exigem muito esforço físico e força mental.”

Pedal 2Um dos maiores pedais que já fez foi a “travessia da Paraíba pela Tranzamazônica”, onde ele e mais 5 amigos saíram do marco zero de Cabedelo-PB, até a divisa em Cajazeiras/PB, esse percurso foi feito em 2 dias, num total de 520 km percorridos. A maior distância pedalada, em 01 dia, foi de João Pessoa a Patos, também já fizeram Patos a Juazeiro do Norte/CE (2 dias), entre outros.

Em 8 anos, por tantos lugares percorridos, já são 40.098 KM, mais que uma volta ao mundo que dá uma distância de 40.075 KM, completada no dia 17 de março deste ano.

Por todas essas andanças, Walber conta que uma de suas grandes paixões é desbravar as serras, trilhas e segredos desse nosso Sertão. “Já tive oportunidade de andar por muitos municípios da Paraíba fazendo trilhas, mas o nosso Sertão, posso garantir, esconde beleza inacreditáveis. Difícil até de descrever”, garante ele.

Pedal 2Outro atrativo para o ato de pedalar foram as amizades conquistadas ao longo dos trechos percorridos. “O ciclismo nos deu a oportunidade de fazer muitas amizades, conhecer lugares incríveis que nunca nem imaginamos, foram muitas aventuras… Só para citar alguns exemplos: já pedalamos até o parque nacional do Vale do Catimbau, em Arcoverde/PE; o lajedo de Pai Mateus, em Cabaceiras/PB; Horto de padre Cícero, Juazeiro do Norte/CE; praia de Pipa/RN; sertanejo que somos, o período do inverno é o ponto alto das pedaladas, quanto mais lama melhor o pedal (risos) pedalar na chuva não tem sensação melhor, as cachoeiras da região já conheci quase todas (Cachoeira da Boa Vista em Quixaba; Cachoeira do Espelho em Teixeira, Cachoeira dos batentes em Mãe Dágua, Poço da Besta em Teixeira e Cachoeira do Aba, Passagem, todos esses lugares foram visitadas depois que comecei a pedalar. Outros desafios realizados foram a subida do Pico do Jabre (ponto mais alto da Paraíba), Pico do Papagaio (ponto mais alto de Pernambuco) que por terem grandes inclinações exigem esforço dobrado para sua conclusão”, disse Marinho.

Walber diz que com o passar dos anos, saiu das pedaladas sem distância pré-definidas para algo mais planejado, a fim de atingir metas. “Já há algum tempo definimos como meta pessoal pedalar 600 km por mês, distancia que consideramos exequível sem ter que se estressar para atingi-la de forma que não torne a atividade estressante e que se torne uma obrigação”, ressalta o ciclista.

Com o objetivo de ter percorrido a distância de uma volta ao mundo, o próximo passo será fazer uma coletânea das fotos tiradas nestes anos todos e montar uma exposição fotográfica que ressalte a beleza natural que existe no nosso sertão e que é tão pouco valorizado por todos nós.

Walber não soube contar quantas fotos já foi possível tirar, mas diz com certeza que foram milhares de registros de belezas desse Brasil que tem sempre algo a mais a se descobrir a bordo sempre de uma bicicleta.

Vicente Conserva – Portal 40 Graus

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