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De acordo com a legislação partidária, só a partir de 16 de setembro saberemos quem realmente serão os candidatos a prefeito de Patos, nas próximas eleições. Este é o prazo que os partidos têm para realizarem as suas convenções. Mas vai depender ainda da decisão final da Justiça Eleitoral, pois os pedidos de registros dos candidatos podem ser impugnados, tanto por eleitores e partidos, como pelo Ministério Público.

Mas, o comum é a estas alturas dos acontecimentos sabermos pelo menos quem são os pré-candidatos. Por enquanto, conhecemos apenas a pré-candidatura do juiz aposentado Ramonilson Alves (Patriotas) e as dos pré-candidatos de partidos com menores chances como Lenildo Morais (PT), Professor Jacob (Rede), Heber Tiburtino (DC), Edjane Araújo (PDT), Umberto Joubert (DEM) e Jamerson Ferreira (PL).

Dois outros nomes, considerados mais competitivos, têm povoado o noticiário político na imprensa, nas redes sociais e conversas de esquina, mas, não se sabe por que, ainda pairam dúvidas se serão realmente candidatos: os deputados estaduais Nabor Wanderley (PRB) e Érico Djan (Cidadania).

São controversas as informações sobre as duas candidaturas. Para alguns eles aguardam um posicionamento do governador João Azevedo, para outros eles temem o surgimento de denúncias de que estão sendo investigados na Operação Calvário, para outros temem enfrentar sozinhos a candidatura do Dr. Ramonilson Gomes, por isso esperam que o governador patrocine um acordo entre os dois, única forma, para alguns de derrotarem o juiz.

Nas últimas horas, têm circulado insistentes boatos de que Nabor teria desistido de ser candidato por que prefere as vantagens de que desfruta como 1° Secretário da Assembleia Legislativa, inclusive, como deputado, a garantia de não ir preso no caso de de denúncia ou condenação em algum processo. Dentro destes boatos, o atual prefeito interino de Patos, Dr. Ivanes Lacerda, surge como candidato preferencial do partido à reeleição, justamente porque tem nas mãos as chaves do tesouro municipal e a caneta para nomear e exonerar comissionados.

Com relação a Dr; Érico, causa estranheza o fato de ele não ter montado uma chapa de vereadores do seu partido e a informação de que estaria trabalhando para determinado candidato a vereador agalhado em outra legenda partidária, tentando carrear para ele os votos e o trabalho de cabo eleitoral de todas as pessoas que conseguiu nomear na máquina administrativa do Estado. Ao invés de, como seria normal no caso de realmente disputar a eleição, tentar fazer uma base de vereadores no seu próprio partido. Este privilegiamento de determinado candidato e a falta de uma chapa de candidatos a vereador do partido, segundo alguns, seriam uma negativa de que o Dr. Érico pretenda ser candidato a prefeito.

Esta indefinição nos grupos de Nabor e Érico causa estranheza, porque, enquanto isso o Dr. Ramonilson ganha terreno, divulgando sua pré-candidatura por toda a cidade, visitando todos os bairros de Patos e a zona rural, num trabalho semelhante ao que fazia o saudoso ex-prefeito Dinaldo Wanderley.

Prometendo apenas uma dedicação total para resgatar a administração municipal, tão maltratada pelos grupos tradicionais, Dr. Ramonilson vem conseguindo adesões em toda parte de eleitores desiludidos com as antigas lideranças. Justamente porque encarna o novo na política patoense numa eleição em que o eleitorado quer antes de tudo uma mudança para melhor, com alguém que esteja mais comprometido com os interesses da população do que com os seus próprios interesses, políticos ou econômicos.

O Dr. Ramonilson surge este ano como aquela terceira via que partidos de esquerda e outros têm tentado encarnar nas últimas eleições. Algumas candidaturas promissoras como as de Aderban Martins e Padre Jair, terminaram naufragando frente à polarização dos dois grupos tradicionais. Se as esquerdas, por exemplo, tivessem se unido, poderia ter surgido esta terceira via, mas este ano, para azar deles, surgiu o nome do Dr. Ramonilson, que tem empolgado o eleitorado.

Resta, para os pré-candidatos de partidos menores, a possibilidade de ocuparem uma vaga de vice na chapa majoritária. Aliás segundo observadores, a maioria destes pré-candidatos já teria se lançado visando justamente uma vaga de vice. Dois deles, segundo se comenta nos bastidores da política, já teriam garantido essa vaga. O Professor Jacob (Rede) seria o candidato a vice de Lenildo Morais (PT). Não sei se é vantagem para Jacob, já que Lenildo não conseguiu empolgar o eleitoral em 2016, quando, apesar de ser candidato à reeleição, uma vez que assumira em lugar de Chica Motta, obteve apenas 1.200 votos. Há inclusive quem entenda que Lenildo pode se contentar com uma vaga de vice, ou na chapa de Nabor ou na chapa de Érico, se algum dos dois for candidato.

O outro pré-candidato que já teria uma vaga de vice garantida seria o Dr. Umberto Joubert (DEM), que já estaria acertado com o Dr. Ramonilson para ser o seu companheiro de chapa. Os dois têm desmentido o acerto, mas em política tudo tem o seu tempo e já teriam acontecido conversas positivas neste sentido. E, embora Joubert não admita ser candidato a vice, o presidente estadual do DEM, deputado Efraim Filho, já garantiu, em entrevista à imprensa, que Joubert tem carta branca do partido, tanto para ser candidato a prefeito, como candidato a vice.

Segundo se informa, Joubert teria boa aceitação entre os partidários de Dr. Ramonilson já que é novato na política, sem os vícios dos políticos tradicionais. E diz a experiência dos antigos que quem perde um cavalo vencedor que já passa selado, nunca vai vencer a corrida.

Vamos aguardar as próximas notícias sobre o assunto. Acredito que até o final do mês teremos novidades.

Luiz Gonzaga Lima de Morais – lgmorais@uol.com.br

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