Gefferson Moura (Foto: divulgação/redes sociais)
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Geraldo Quirino, advogado e tio de Geffeson Moura, empresário assassinado por policiais de Sergipe em uma operação em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Patos, no dia 16, afirmou que o delegado de Sergipe admitiu que os agentes “erraram o alvo” e destacou que tem provas de que o sobrinho não reagiu à abordagem como foi divulgado em um primeiro instante pelas autoridades policiais daquele estado.

O advogado citou a entrevista do delegado geral Thiago Leandro, a uma rádio de Sergipe, que afirmou que o empresário não era o alvo da operação, que buscava prender um investigado por tráfico de drogas.

De acordo com Quirino, o delegado assumiu que o alvo foi errado, mas alegou que ainda assim outra pessoa iria morrer também. “Era para matar, não tinha história de abordagem. Temos material de pessoas próximas que viram ele pedindo encarecidamente para se identificar e eles não quiseram saber de identificação. Foi uma execução planejada”, comentou.

“Foi um crime bárbaro. A população está estarrecida. Até onde apuramos a Polícia Civil de Sergipe estava no estado da Paraíba em uma suposta operação, sem o conhecimento da polícia local. Eles adentraram a região de Santa Luzia, na zona urbana, e fizeram essa abordagem desastrosa que culminou com a morte de um inocente”, disse.

“Temos provas que ele não esboçou nenhuma reação e que a arma certamente é um velho truque: foi plantada, assim como plantam drogas para atribuir um crime a pessoas que não são criminosas. Já sabemos que ele não pegou em arma, dele ou não. E costumava andar com o celular entre as pernas, o celular está coberto de sangue e a suposta arma não tinha nada de sangue. Foi uma trapalhada. Assim como a perícia diz que ele sofreu cinco tiros, mas foi atingido em sete locais. Foi uma execução”, disse.

Policiais afastados – Os policiais envolvidos na ação foram afastados administrativamente. “Eles assumiram o crime e cometeram fraude processual quando descaracterizaram o local do crime. Tiraram o corpo, jogaram na porta de um hospital que não tinha condições de atender uma pessoa baleada e levaram a suposta pistola do meu sobrinho”, reclamou.

Marília Domingues/Washington Luís – Portal Paraíba

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