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A Delegacia de Patos do Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) foi acionada, após uma denúncia feita ao CRM-PB, em João Pessoa, para que fizesse uma fiscalização in loco nas dependências do Hospital Regional de Patos, dando conta que profissionais estariam trabalhando sem auxilio de equipamento fundamental na UTI Covid.

Os conselheiros Umberto Joubert e Jânio Rolin estiveram hoje pela manhã, 1º de fevereiro, no nosocômio a fim de verificar in loco a denúncia, bem como buscar mais informações dos profissionais médicos.

De acordo com o conselheiro Umberto Joubert, ficou constatado que existem 2 profissionais médicos para UTI Covid com 10 pacientes, bem como EPIs e medicamentos suficientes, além de uma boa estrutura para o trabalho dos médicos e acolhimento dos pacientes.

No entanto, o principal alvo da denúncia era de que a unidade estava sem gasômetro, importante instrumento/aparelho hospitalar, capaz de auxiliar os médicos para melhor manejo clínico desses pacientes, imprescindível num ambiente de UTI.

UTI (1)

O médico explicou que as Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) são locais destinados ao tratamento de pacientes considerados graves e/ou de alto risco com prognóstico de recuperação e devem dispor de recursos materiais, equipamentos e humanos que permitam o cuidado constante e uma assistência rápida, eficaz e permanente, buscando o objetivo final, que é a recuperação dos indivíduos. E esta é a função primordial do equipamento faltante.

A gasometria, ou análise de gases no sangue arterial, é um exame invasivo que tem por objetivo revelar valores de potencial de Hidrogênio (pH) sanguíneo, da pressão parcial de gás carbônico (PaCO2 ou pCO2) e oxigênio (PaO2), íon Bicarbonato (HCO3) e saturação da Oxi-hemoglobina, avaliando principalmente o equilíbrio acidobásico orgânico.

“Diante de desequilíbrios respiratórios, metabólicos, entre outros, em pacientes críticos hospitalizados, a gasometria é uma aliada importante na realização de exames e no auxílio médico, para a proposição de diagnóstico rápido e seguro, possibilitando a tomada de decisão no tempo adequado e, em muitos casos, salvando vidas”, ressaltou Joubert justificando que o equipamento se torna o mais importante na hora de auxiliar os profissionais médicos para poder salvar vidas.

O CRM-PB deu 7 dias de prazo para a resolução do problema, já marcando inclusive o retorno da fiscalização ao HRP, para segunda-feira, a fim de constatar se o gasômetro já está na UTI e em funcionamento, com pena de interdição ética do local.

O uso da gasometria no ambiente hospitalar

Pacientes críticos em leitos, UTI, CTI ou em outras situações de urgência/emergência demandam extremo cuidado e monitoramento constante, para que haja boa evolução dos quadros clínicos existentes. A análise de gasometria em amostras destes pacientes indica dois tipos de desordens do equilíbrio ácido-base conhecidas como acidose e alcalose.

Acidose: ocorre quando o pH sanguíneo é menor que o valor inferior do intervalo de referência.

Alcalose: ocorre quando o pH sanguíneo é maior que o valor superior do intervalo de referência.

Para o sangue arterial, o intervalo de referência para pH é entre 7,35 e 7,45. Valores menores que 7,35 indicam um quadro de acidose e valores maiores que 7,45 indicam um quadro de alcalose.

Vicente Conserva – Portal 40 Graus

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