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Quando criança eu fiz de “quase tudo um pouco” para sobreviver. As necessidades básicas me obrigavam a lutar para ajudar no “sustento de casa”. A Minha Mãe, – Uma mulher de fibra, coragem e determinação, embora, de origem humilde transferiu para mim, no dia a dia de nossa convivência e labuta, sua energia de bravura e luta. Aprendi com ela o dever e a obrigação que a vida exige para uma pessoa se tornar um “cidadão de bem,” trilhando pelo caminho da lealdade; da sinceridade; da honestidade e do trabalho, por esses atributos servirem de referência, como se fosse um “troféu” que fica ali estático, referenciando aos que adquiriram um caráter digno, como um instrumento norteador da vida! Logicamente, que dentro dessa ótica necessária para se alcançar os êxitos preteridos, tive que enfrentar as adversidades e os desafios que a vida me exigia, para me manter e me firmar como um cidadão de bem!

Assim, não rejeitava serviços que “aparecesse” na minha frente! Vendia: de Picolé a Jornal; de Revistas a Frutas; de Ferro velho; a Vidro Quebrado; de Fósforo; à Bombril e Sabão; de Biscoitos a Doces. Etc… Esse meio de sobrevivência, contudo, exigia certa “arte” para exercê-lo, com intuito de se conseguir alcançar êxitos. Era necessário “chamar a atenção” dos consumidores ou compradores. Para isso, no entanto, você teria que “botar a boca no mundo” gritando de vez em quando, o nome dos produtos oferecidos naquele momento.

Exemplos:

Vai passando… Confeitos, Dropes, Chocolates, Pastilhas e Cigarro…!

Olha O Picolé… Côco, Morango, Abacaxi, Creme de Leite e Goiaba…!

Olha O Jornal… Diário da Borborema, Jornal da Paraíba, Correio e O Norte…!

Olha à Revista… Cruzeiro, Manchete, Capricho e Fatos e Fotos…!

Foram muitas outras atividades pela frente… Mas, firme e coeso com as minhas obrigações no trabalho.

E, assim o tempo passou e me tornei adulto mas, nunca esquecendo o que aprendi com minha Mãe, até hoje!

Saudades, MÃE!

Patos, 06/03/2022

Anchieta Guerra 

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