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Em entrevista coletiva, Tebet disse que este domingo é o dia mais importante para esta geração quando se refere à democracia. “Hoje nós estamos diante do dia mais importante, eu acredito que de toda a nossa geração, quando nós estamos falando de país, de democracia. Hoje, o povo soberanamente vem às urnas e, de forma democrática, escolhe o futuro que quer para si, para os seus filhos e, o mais importante, é esperar que esse dia seja sereno, de paz, que a vontade do eleitor seja acatada e, seja qual for o resultado, nós estamos prontos para defender a democracia, o país”, pontou.

“Espero que a partir de amanhã nós tenhamos um país a ser reconstruído e um povo a ser novamente unido. Dito isso, fico muito feliz de ter a coragem de estar do lado certo da história. […] Eu não defendo Lula, nem PT, nem 13, eu defendo o Brasil de todos, inclusivo, generoso, solidário, um projeto de poder e de país que inclua os 210 milhões de brasileiros, um Brasil que não descrimine, que não seja homofóbico, não seja misógino, que não seja racista, que dê igualdade e oportunidade para todos”, afirmou Tebet.

Sobre um cenário em que o ex-presidente e candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva ganhe as eleições, Tebet disse que não tem pretensão a nenhum cargo. “O meu projeto, a minha intenção, eu sou candidata a servir ao Brasil, como sempre fiz. Então, diante dessa situação, desse momento, estou muito feliz de, como brasileira que sou e sul-mato-grossense, mesmo em um estado que pensa diferente de mim, estar aqui me posicionando com a coragem de uma mulher brasileira, de uma mulher sul-mato-grossense”.

A candidata à presidência derrotada ainda declarou apoio ao candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. “No primeiro turno, eu sou MDBista, eu votei em André Puccinelli, agora no segundo turno eu acompanho o meu marido e estou com Eduardo Riedel”.

Depois de votar, Simone irá visitar a família e na sequência embarca para São Paulo, onde acredita que vai acompanhar a apuração junto a Lula.

Trajetória política

Nascida em Três Lagoas (MS), Simone Tebet é filha do ex-governador, ex-senador sul-mato-grossense e ex-ministro da Integração Nacional Ramez Tebet. Mestre em direito do Estado, Tebet é professora universitária.

Confira a trajetória política da candidata à presidência pelo MDB:

  • Em 1997, filiou-se ao MDB, único partido ao qual foi filiada;
  • Em 2001, foi eleita deputada estadual pelo Mato Grosso do Sul com 25.251 votos;
  • Em 2004, se candidatou a prefeitura de Três Lagoas e foi a primeira mulher eleita para ocupar o cargo, com 29.244 votos (66,7%). Em 2008, foi reeleita com 36.228 votos (76,8%);
  • Em 2011, assumiu o cargo de vice-governadora do Mato Grosso do Sul, na chapa encabeçada por André Puccineli;
  • Em 2013, assumiu o cargo de Secretária de Governo no governo de André Puccineli;
  • Em 2014, candidatou-se ao Senado e foi eleita com 640.336 votos (52,6%), para o mandato até 2023;
  • Em 2016, compôs a comissão especial do Senado do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Tebet votou a favor do afastamento da presidente sob o argumento de que ela havia cometido crime de responsabilidade;
  • Nas eleições de 2018 foi pré-candidata do MDB ao governo do Mato Grosso do Sul, mas desistiu por questões particulares;
  • Em 2019, Tebet foi a primeira mulher eleita para ocupar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado;
  • Em 2021, foi eleita como líder da bancada feminina no Senado;
  • Também em 2021, integrou a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid no Senado. O colegiado tinha como objetivo investigar ações e omissões do governo federal no combate à pandemia;
  • Ainda em 2021, a senadora se candidatou à presidência do Senado, contra outros quatro adversários. O vencedor foi Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

G1 MT

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