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Marcelo Fernandes Lima, 50, foi preso pela Polícia Federal na cidade de Varginha (MG) nesta quarta-feira (25). O designer havia levado a réplica da Constituição Federal de 1988 do Supremo Tribunal Federal durante o ato golpista de 8 de janeiro.

Ele próprio havia devolvido o documento histórico em 12 de janeiro. Em depoimento à PF naquele dia, disse que “pegou a Constituição da mão de outras pessoas para que não fosse destruída”.

É Marcelo quem aparece em imagens divulgadas nas redes sociais exibindo a réplica em cima da escultura ‘A Justiça’ do artista mineiro Alfredo Ceschiatti na frente do STF.

A versão original da carta magna está guardada no museu da Suprema Corte. Uma outra versão original da Constituição está no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro.

Apesar de toda a destruição da sede da Corte, Marcelo Lima disse em seu depoimento acreditar que “as portas do STF estavam abertas quando chegaram”, pois o golpista entrou no prédio “sem ver uma porta sequer quebrada ou arrombada.”

Prisão

Após devolver o livro em 12 de janeiro, ele foi liberado pela PF em Varginha (a 320 km de Belo Horizonte). A corporação abriu investigação contra Marcelo Lima e pediu a prisão. O golpista se entregou no início da tarde de hoje e será transferido para um presídio no sul de Minas Gerais.

O designer mora em São Lourenço — cidade mineira a 380 km de Belo Horizonte — e deve ser incluído no inquérito Lesa Pátria, do Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira (23) a PF de Minas prendeu também o homem destruiu o relógio Balthazar Martinot, do século 17, presente da corte francesa para Dom João 6º, no Palácio do Planalto, durante os atos de vândalos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que depredaram as sedes dos Três Poderes.

STF vandalizado

Hoje, o STF divulgou novas imagens do circuito interno da Corte que mostram detalhes da invasão ao edifício-sede durante os atos golpistas de 8 de Janeiro.

Nas gravações, obtidas pelo UOL, é possível ver falhas da resposta da Polícia Militar em evitar a invasão dos radicais à Praça dos Três Poderes, o embate entre a Polícia Judiciária e os golpistas, e a retomada do prédio, no fim da tarde.

UOL

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