Compartilhe!

Adriano Teixeira Lima é mesmo o nome de batismo de ‘João de Deus’, um rapaz que até o último dia 27 de setembro não tinha referenciais, nem mesmo se sabia o nome dele e que foi resgatado das ruas e encaminhado para o Complexo Hospitalar Regional Dep. Janduhy Carneiro de Patos (CHRDJC), onde fez cirurgia e tratamento e, onde, atualmente, ainda se encontra. Sem portar documento e com dificuldades de se comunicar, ele foi apelidado de João de Deus. A entrevista da semana passada, feita pela assessora de imprensa do Complexo, a jornalista Eliane Sobral, replicada em sites de várias cidades do Nordeste, inclusive em veículos do interior de Alagoas, serviu para que a informação chegasse aos familiares dele, que logo o identificaram e entraram em contato com a representante comercial, Luciana Pereira, que foi uma das integrantes da força tarefa que conseguiu resgatá-lo das ruas, no dia 30 de agosto, e leva-lo ao hospital.

“Fiquei muito emocionada e chorei bastante quando a irmã dele me telefonou, porque desde o início todos nós desejávamos que ele tivesse algum parente que pudesse ajudá-lo e a reportagem serviu para contar a história dele e fez com que isso chegasse até os familiares que logo o identificaram”, afirma Luciana. Segundo ela, esforços da família e das pessoas que querem ajudá-lo estão sendo feitos agora para definir a forma como proceder daqui em diante. Ainda de acordo com Luciana, a família havia perdido o contato com ele desde 2013.

De fato, Adriano tem três irmãos, duas mulheres e um homem, tem trinta anos (ao invés de 25 que ele disse ter), e nasceu em 25 de fevereiro de 1988 e sua mãe se chamava mesmo Maria Tereza da Conceição, que faleceu de parto e seu pai é José Teixeira Lima, também falecido, e é natural de Penedo (AL). Também foi confirmada a informação de que ele trabalhou na usina Caetés, na cidade de São Miguel dos Campos (AL) cortando cana-de-açúcar.

Quando foi resgatado para o hospital, Adriano apresentava um grave ferimento e tumoração na genitália, tanto que teve que passar por uma cirurgia de remoção de parte do órgão, um dia após sua internação. Desde então, mesmo com alta médica, há alguns dias, ele permanece na enfermaria de isolamento do hospital. Além de não ter para onde ir, há uma ordem judicial endereçada a direção da unidade, obrigando-a a acolher o paciente sob pena de pagamento de multa e outras implicações.

A diretora do Hospital, Liliane Sena, ao saber da identificação de parentes, disse que a unidade vai continuar acolhendo-o até a família vir resgatá-lo. “Todos nós nos sensibilizados com a situação dele e ficamos muito felizes com a notícia de que as informações sobre ele são verídicas e que familiares já foram contatados. Vamos aguardar os próximos dias para ver qual encaminhamento será dado, mas, o fato que agora sabemos que ele não é mais indigente e que, em breve, a situação dele terá um encaminhamento adequado”, afirma Lili. Ela lembra que Adriano não tem mais necessidade de cuidados médicos intensivos e hospitalares e que permanece na unidade apenas porque não tinha para onde ir,

Luciana Pereira, que diariamente, visita ele no Hospital, dando apoio e cuidados, foi quem falou com as irmãs dele (Luciana e Paulla) e é quem está capitaneado esforços para que Adriano tenha uma boa ressocialização. No próximo dia 11, inclusive, ela tem uma audiência com seu advogado no Ministério Público para ver de que forma ele pode ser ajudado neste processo de resgate de cidadania. “O importante é definirmos para onde ele irá quando sair do hospital, com quem ficará, etc”, afirma Luciana. A diretora do Complexo, Liliane Sena, também participará da audiência no MP.

 

Assessoria

Deixe seu comentário